quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

6 modelos que podem ser classificados como eventuais sucessores para o Fusca

Um daqueles carros mais icônicos a nível mundial, o Fusca foi provavelmente o maior responsável pela abertura de alguns mercados anteriormente mais receptivos aos full-size americanos para os compactos. Com uma proposta bastante abrangente, visando atender desde usuários urbanos até o publico rural, fica especialmente difícil apontar um único sucessor ao longo das décadas, considerando tanto modelos da própria Volkswagen quanto da concorrência. Em meio a uma infinidade de carros com alguma proposta alegadamente "popular", cabe destacar ao menos 6:

1 - Gol G3:
sempre teve mais força em alguns países da América Latina, com destaque para o Brasil, mas chegou a ser exportado para a Rússia e o Irã, e até montado na China no regime CKD misturando peças brasileiras e chinesas. Sem dúvidas poderia ter sido bem melhor aproveitado pela Volkswagen em países do sudeste asiático e até uma presença maior na África, e apesar da concepção já antiga ainda é compatível com alguns dispositivos de segurança como freios ABS e airbag duplo. E por mais louco que possa parecer, se ainda fosse o caso de ser oferecido em alguns mercados um câmbio manual com 4 marchas, ainda poderia ter aproveitado a mesma carcaça de câmbio do último Fusca mexicano, porque a posição da coroa do diferencial podia ser alterada para inverter o sentido de rotação. Outro aspecto a se destacar é a Saveiro, que acabava despertando muita curiosidade entre fãs de pick-ups mundo afora, e chegou a ser exportada regularmente tanto para países latino-americanos quanto para Taiwan onde era denominada Pointer;

2 - Palio: modelo que foi essencial para a Fiat tomar a liderança de vendas no Brasil que antes parecia impossível de tirar da Volkswagen, ainda teve uma discreta presença em partes da Europa. Também foi produzido na África do Sul e na Índia, abrindo as portas para o motor 1.3 Multijet turbodiesel ter feito sucesso no mercado indiano não só em modelos da própria Fiat para ser usado em versões regionais de modelos da Chevrolet e da Maruti-Suzuki; 

3 - Suzuki Swift/Cultus de 2ª geração: teve uma grande presença internacional, e versões fabricadas no Canadá entre '95 e 2001 tiveram uma remodelação específica para atender aos Estados Unidos que não foi estendida ao modelo fabricado no Japão. A exemplo do próprio Fusca, vale lembrar que o Swift teve motores com bloco em liga de alumínio e suspensão independente nas 4 rodas. Ainda chegou a ser oferecido nos Estados Unidos também como Geo Metro até '97, e Chevrolet Metro entre '97 e 2001;

4 - Ford Ka de 1ª geração: as proporções até lembram vagamente o Fusca, e o porte compacto o fazia bastante atraente para consumidores latino-americanos e europeus com um perfil mais urbano, embora a falta de uma opção de câmbio automático fosse um empecilho para atrair japoneses e australianos já durante o ciclo de produção do modelo;

5 - Opel Corsa B: rebatizado como Chevrolet na América Latina, mas tendo chegado ainda como Opel no Chile e em territórios de alguns países europeus no Caribe, foi um dos modelos mais impactantes da década de '90 sem a menor sombra de dúvidas. Além de ter um formato arredondado que de certa forma chegava a remeter também ao Fusca, foi notabilizado no Brasil como o primeiro carro "popular" a usar injeção eletrônica, e no México foi o primeiro modelo a superar a antiga hegemonia do Fusca. E apesar da aparência um tanto delicada, é um modelo bastante robusto, tanto que chegou a ser exportado do Brasil para a África do Sul até 2009 para montagem no regime de CKD;

6 - Dacia Logan de 1ª geração: rebatizado como Renault em partes da América Latina e África, além da Índia e da Rússia, foi fundamental para aumentar a presença de mercado da Renault no Brasil. Com o projeto apresentado inicialmente em 2005 na Europa, devidamente atualizado no tocante às normas de segurança e emissões que vigoravam à época, e chegando ao Brasil em 2007 onde permaneceu em linha até 2015 quando deu lugar à 2ª geração, tinha uma proposta mais voltada a mercados emergentes, mas a disponibilidade também em mercados europeus ocidentais seguiu uma estratégia claramente análoga à do Fusca, destacando os baixos custos de aquisição e manutenção.

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