terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Chevrolet Prisma Joy de especificação argentina sem desembaçador do vidro traseiro

Ao avistar ontem esse Chevrolet Prisma Joy de especificação argentina, uma característica já me chamou a atenção, mais especificamente a ausência de um desembaçador do vidro traseiro. Em outras épocas antes que o ar condicionado passasse a ser mais comum nos carros novos à venda no Brasil, não era muito incomum que versões destinadas à exportação e dotadas de ar condicionado suprimissem o desembaçador do vidro traseiro, mas atualmente mesmo com o ar condicionado sendo equipamentos de série até mesmo em modelos populares como é o caso do Prisma Joy não deixa de ser intrigante que a ausência do desembaçador tenha ficado restrita a exemplares exportados. Embora num hatch possa ser mais difícil abrir mão desse equipamento aparentemente tão banal, num sedan o simples fato do vidro traseiro ser fixo e não acompanhar a abertura da tampa do bagageiro já facilita direcionar uma parte do fluxo do sistema de ventilação forçada com ar quente e ar condicionado ao redor do vidro traseiro como se faz no parabrisa em qualquer carro moderno sem distinção por tipo de carroceria. No caso específico da Chevrolet, que recentemente alegou ter prejuízos na operação na América do Sul, por mais que pudesse parecer uma economia porca não deixa de me causar alguma surpresa o desembaçador do vidro traseiro não ter sido suprimido no Prisma Joy de especificação nacional.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Royal Enfield Classic 500 EFI

Não restam dúvidas de que a Royal Enfield é uma das marcas de moto mais lendárias, apesar da atual fabricante indiana ser uma antiga representante regional da Royal Enfield originalmente inglesa. Com uma história muito rica no motociclismo mundial, a linha atual chegou ao Brasil oficialmente apenas em 2013 e com concessionária somente em São Paulo.
A primeira motocicleta Royal Enfield que eu vi ao vivo foi essa Classic 500 EFI na cor Battle Green, lançada em 2010 no mercado internacional e já equipada com o motor UCE (Unit Construction Engine) lançado em 2008 para substituir o clássico "iron barrel" e incorporando a carcaça do câmbio junto ao cárter. Modelos anteriores da marca usavam câmbios com carcaça separada do motor, em versões com 4 ou 5 marchas, enquanto o atual tem sempre 5 marchas.
O motor ainda refrigerado a ar e com comando de válvulas no bloco ainda traz até o pedal de partida, apesar da partida elétrica de série como na quase-totalidade das motocicletas modernas. Poucas outras concessões à modernidade, como a injeção eletrônica e os freios ABS, foram incorporados somente para se enquadrar em legislações de segurança e emissões mais recentes em mercados mais exigentes, mas sem descaracterizar muito um modelo já clássico, a ponto desse exemplar do ano de 2017 preservar bem o estilo das motos Royal Enfield da década de '30.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Higer H5C, cópia chinesa da Toyota HiAce H200

Ao ver uma van Higer H5C com placas do Paraguai num posto de combustível, foi impossível ignorar essa que é basicamente uma cópia da Toyota HiAce de 5a geração. Por ser baseada numa versão maior da HiAce, com comprimento de 5,38m e largura de 1,88m oferece uma capacidade volumétrica mais próxima às de vans ocidentais com o layout de cabine semi-avançada, embora a altura de 2,285m pudesse se tornar um empecilho à operação em garagens fechadas com restrição de altura tão comuns nas grandes cidades brasileiras. A tampa traseira inteiriça e com abertura vertical poderia ser um problema para acondicionar cargas paletizadas com auxílio de empilhadeira, mas numa versão para transporte de passageiros não é problema. Ao contrário de outras cópias da HiAce feitas na China que usam ou alguma imitação do Isuzu 4JB1 ou o Cummins ISF2.8, essa usa até motores de projeto da Toyota, no caso o 2KD-FTV turbodiesel.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

Toyota Noah de 2ª geração "transformer" do Paraguai

Que os paraguaios conseguem fazer ótimos negócios devido à liberdade para importar carros usados já não é nenhuma novidade, bem como o favoritismo de alguns pelos carros japoneses apesar de ser obrigatório converter o cockpit da mão inglesa para a mão continental em modelos como a Toyota Noah de 2ª geração. A posição dos limpadores de parabrisa dianteiros inalterada já entrega que essa é uma "transformer", como se diz no Chile onde são desembarcados ao chegar do Japão, no Paraguai onde o mercado ainda é forte para esses modelos e na Bolívia onde o ditador Evo Morales dificultou a importação de veículos usados.
Produzida de 2007 a 2013 e pouca coisa mais estreita que uma Chevrolet Spin, embora seja mais comprida e alta, oferece uma boa capacidade volumétrica não só para levar até 8 passageiros de acordo com a versão mas também eventuais cargas ou bagagem como seria de se esperar. Contando sempre com câmbio automático, o conforto é garantido, embora seja de se lamentar a falta de uma opção de motor Diesel outrora muito valorizado em mercados onde os carros japoneses usados são desovados.