terça-feira, 16 de agosto de 2022

Seria desejável uma vinda da Isuzu para o Brasil?

Uma fabricante que já teve relações mais estreitas com a General Motors, especialmente nos segmentos de pick-ups médias e caminhões, a japonesa Isuzu foi especialmente beneficiada por tais relações tanto em mercados onde a GM ainda é forte quanto em outros onde de certa forma tornou-se uma improvável sucessora para a oferta de utilitários das linhas Chevrolet/GMC e Bedford. Convém salientar ainda que a penúltima geração da pick-up Isuzu D-Max era praticamente idêntica à Chevrolet S10 brasileira, com as principais diferenças em pequenos detalhes estéticos e no uso de motores e câmbios Isuzu próprios, e para algumas regiões onde caminhonete média a gasolina ainda era relevante como nos Andes a Isuzu chegou a usar motores Chevrolet complementando as opções turbodiesel. Naturalmente poderia ocorrer uma sobreposição de modelos e versões com propostas semelhantes, e ao menos teoricamente dificultar a economia de escala por conta de pequenas diferenças, embora a continuidade da operação conjunta da Isuzu com a General Motors no mercado de caminhões em outros países leve a crer na viabilidade que a comercialização de utilitários Isuzu poderia ter no Brasil com ou sem participação direta da GM.

Apesar de experiências anteriores como a montagem de caminhões Isuzu que foram vendidos no Brasil com a marca GMC entre a década de '90 e o final de 2001 terem sido descontinuadas mais por erros da General Motors do Brasil que da própria Isuzu, embora a princípio naquele momento fosse mais difícil os japoneses assimilarem algumas diferenças que o mercado brasileiro apresentava em relação a outros países sul-americanos, é inegável que a marca Isuzu é bem conhecida por um público especializado e já conseguiria se firmar no mercado mesmo sem um eventual amparo da GM. Tratando-se de um país com tradição agropecuária fortíssima como o Brasil, além de outros setores econômicos também oferecerem consideráveis oportunidades em variados segmentos do mercado de veículos utilitários, um player com a força e a presença global da Isuzu certamente encontraria boas oportunidades de negócios, e talvez até explorar vínculos culturais com a comunidade nipo-brasileira como fazia a Toyota ao iniciar a operação brasileira somente com utilitários. Enfim, considerando que ao longo do tempo a Isuzu especializou-se em utilitários e motores Diesel para aplicações diversas, certamente seria desejável uma vinda para o Brasil.

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