sexta-feira, 4 de março de 2022

5 carros de fabricação brasileira além de Fusca e Kombi que seriam tentadores para adaptar o motor Radial Motion australiano

Fusca, Kombi e outros modelos da Volkswagen originalmente equipados com o motor boxer refrigerado a ar com a ventoinha alta tipo "capelinha" costumam ser mais fáceis para fazer uma adaptação de outro motor em comparação aos equipados com a ventoinha axial, embora nunca tenha sido desenvolvido um motor específico para atender a essa modificação. Até o motor Radial Motion australiano de 3 cilindros produzido pela empresa Bespoke Engineering, que tem um tamanho conveniente para essa instalação e foi inicialmente voltado ao mercado da aviação leve esportiva, tem versões já homologadas na Austrália para aplicações em automóveis até mais modernos, estando adequado inclusive às normas de emissões em vigor por lá. Naturalmente é um produto caro, tanto pela escala de produção ainda bastante pequena quanto pelo foco inicial num cenário operacional muito específico, e apesar dessa barreira de custo vale destacar ao menos 5 outros carros que chegaram a ter fabricação brasileira e poderiam ser muito bem servidos por um motor Radial Motion:

1 - Alfa Romeo 2300: produzido entre '74 e '86, tinha um motor bastante sofisticado para os padrões do Brasil à época, embora alguns remanescentes tenham sido adaptados com motores mais rústicos devido à manutenção mais simples. Por mais que a preservação da originalidade tenha seu valor, o resultado de um repotenciamento com a maioria das versões de refrigeração líquida do motor Radial Motion poderia ser justificável por conciliar uma confiabilidade de padrão aeronáutico a um desempenho no mínimo tão bom quanto o original;

2 - Ford Corcel II: em contraste com a austeridade do motor CHT, um Radial Motion transformaria um Corcel num belo sleeper;

3 - Passat de 1ª geração: modelo que marcou a transição da Volkswagen entre a refrigeração a ar e a refrigeração líquida, além do motor dianteiro. Mas se fosse o caso de adaptar uma versão do motor Radial Motion com refrigeração a ar só para ser "do contra", além da disposição radial dos cilindros ter uma exposição mais homogênea de todos ao fluxo de ar já otimizar a refrigeração, a posição dianteira do motor no Passat facilita ainda mais nesse aspecto;

4 - Opala/Caravan: por mais que me agradem os motores Chevrolet 153 e posteriormente 151 de 2.5L e 4 cilindros e os 230 e 250 de 3.8L e 4.1L com 6 cilindros, um motor mais leve seria desejável, como acontecia com os Opel Rekord C e Commodore europeus que deram origem à linha Opala. Me agrada a coincidência dos motores que equiparam o Opala e os Radial Motion terem sincronização do comando de válvulas por engrenagens, dispensando correias ou correntes como a que era usada no motor Opel CIH;

5 - Gurgel Carajás: tendo em vista que trazia o motor dianteiro mantendo a tração traseira, um motor mais curto e leve que o Volkswagen EA827 "AP" originalmente usado seria desejável para melhorar a concentração de peso entre os eixos. Menos peso na frente já melhoraria a tração em terrenos severos.

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