quarta-feira, 18 de maio de 2022

Parachoques pretos num Renault Clio Campus

Parachoques em plástico preto, sem uma pintura na cor da carroceria, permaneciam comuns nos carros mais básicos no Brasil até por volta de 2010, embora já estivessem se tornando menos comuns desde o ano 2000 para ficarem mais relegados a versões mais austeras de veículos utilitários. Em modelos como o Renault Clio de 2ª geração por exemplo, os parachoques pretos deixaram de ser equipamento padrão a partir de 2003 com o primeiro facelift que foi aplicado no mercado brasileiro, e portanto ver exemplares com essa característica acaba chamando a atenção de quem for mais apegado a pequenos detalhes. Com exceção de algum exemplar que tenha sido usado como táxi em Porto Alegre na época que táxis novos eram pintados de laranja (ou "vermelho-ibérico" como era a nomenclatura oficial daquela cor) e mesmo alguns carros que já tinham os parachoques na cor da carroceria recebiam pintura preta nesses ítens, e só os táxis do aeroporto eram brancos e sempre com os parachoques como viessem de fábrica, um Clio Campus branco na configuração oferecida entre os anos-modelo 2009 e 2012 com parachoques pretos acabou por chamar a minha atenção.

Nem mesmo o reposicionamento do Clio na linha brasileira da Renault foi suficiente para a austeridade dos parachoques pretos retomar como configuração padrão, tendo em vista que as gerações posteriores do modelo nem sequer foram oferecidas no Brasil em meio à ascensão das primeiras gerações do Logan a partir de 2007 e do Sandero em 2008. O resultado estético com os parachoques pretos ainda ficou até interessante, mas o público brasileiro dando muito valor à aparência favorecia mais os parachoques com pintura na cor da carroceria mesmo num modelo de entrada, e o custo relativamente baixo na fabricação das peças já pintadas levava a crer que deixar na cor natural do plástico fosse uma economia porca. Mas hoje, em meio a uma situação bastante complicada no mercado de veículos novos, até me surpreende os parachoques pretos estarem distantes de um retorno ao menos entre os modelos generalistas de proposta mais alegadamente "popular", além do mais que a ausência de uma pintura nos parachoques que acaba sujeita ao risco de ser danificada em pequenas colisões até seria desejável aos olhos de uma parte do público.

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