Como a princípio a Isuzu poderia ter alguma dificuldade para se firmar no mercado de caminhões caso tivesse uma operação como importadora no Brasil, tendo que competir tanto com caminhões de fabricação nacional quanto com o dumping chinês e portanto a imagem de especialização em utilitários pudesse ficar mais difícil de assimilar aos olhos de uma parte significativa do público generalista, a Mazda tendo um maior apelo também em outras categorias de automóveis e utilitários leves facilitaria escalonar uma atuação da marca junto a segmentos com volumes maiores de vendas. E como hoje as pick-ups médias de marcas japonesas como a Mazda e a Isuzu passaram a ter a fabricação concentrada na Tailândia e na África do Sul em função de acordos comerciais com outras regiões, e em menor proporção o Brasil e a Argentina também tenham uma produção expressiva de modelos dessa categoria por causa do Mercosul e políticas protecionistas, uma vinda tanto de modelos Mazda quanto Isuzu já soa mais improvável, apesar da Isuzu manter em produção na Índia uma geração antiga de pick-ups médias com uma equivalência na linha Chevrolet brasileira e fazer esse fogo amigo em alguns mercados de exportação regional. Enfim, mesmo que alguns desafios até mais de ordem política e logística dificultem um retorno da Mazda ao Brasil, talvez a BT-50 pudesse acabar sendo uma boa ponta de lança se a imagem de marca fosse bem trabalhada...
sexta-feira, 15 de março de 2024
Mazda BT-50 de 3a geração: poderia ser útil para um eventual retorno da marca ao Brasil?
Diante de um recente distanciamento entre a Mazda e a Ford, especialmente perceptível no tocante às linhas de pick-ups médias com a Mazda passando a estar associada à Isuzu nesse segmento, uma hipotética retomada de operações no Brasil que tivesse na geração atual da BT-50 a ponta de lança poderia dar margem às mais diversas especulações. Com a Isuzu ainda tendo relações com a General Motors também, já tendo até compartilhado projetos de caminhonetes médias que foram comercializadas sob as marcas Chevrolet e Holden além de ainda fornecer componentes para a montagem de pick-ups no regime CKD em mercados da América Latina e África, em que pese estar presente por conta própria em países tão diferentes quanto o Paraguai e a Austrália onde o fogo amigo passou a ser trocado com a Mazda, a princípio pudesse fazer sentido um retorno da Mazda ao Brasil. Com as pick-ups médias alçadas a posições mais prestigiosas no mercado brasileiro desde a reabertura das importações até a ascensão e consolidação dos SUVs junto à classe média urbana, e um desconhecimento acerca da Isuzu mesmo já tendo suprido a antiga operação de caminhões da General Motors do Brasil com kits CKD entre '95 e 2001 em contraste com a imagem da Mazda muito vinculada a esportivos compactos da década de '90, possivelmente fosse até mais fácil justificar uma vinda da Mazda mesmo que a boa fama da Isuzu como especializada na produção de veículos utilitários e motores Diesel também pudesse ser bem explorada.
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