1 - inclusão da injeção eletrônica entre os populares: o carburador ainda era a regra ao invés de já ser uma exceção para os modelos na faixa de 1.0L de cilindrada no Brasil quando o primeiro Corsa Wind foi lançado ainda com a injeção eletrônica monoponto. A chegada da injeção multiponto em '96 para as versões "populares" foi acompanhada da eliminação do distribuidor, sendo incorporada uma ignição do tipo wasted-spark;
2 - maior aceitação da configuração com 4 portas no Brasil: foi somente com a chegada do Corsa que caiu por terra a rejeição do público brasileiro a carros mais generalistas com 4 portas, com impacto maior até em comparação ao retorno dos importados exatamente pelo Corsa ter sido voltado a grandes volumes de vendas. Oferecida a partir de '95, essa opção caiu no gosto de um público que já assimilava melhor o caráter inovador que o Corsa incorporou desde a chegada ao país;
3 - um choque de modernidade no desenho de carros "populares": enquanto projetos requentados das décadas de '70 e '80 então ainda disponíveis no Brasil durante o lançamento do Corsa tinham linhas mais quadradas, a chegada do modelo fez o consumidor perceber o quão envelhecidos estavam os concorrentes nesse aspecto. Foi ainda mais curioso ao relembrarmos que, durante a volta do Fusca em '93 pouco antes da chegada do Corsa, algumas peças publicitárias faziam alusão às linhas arredondadas como uma tendência que de certa forma foi antecipada pelo Fusca;
4 - uma pedra no sapato do Fusca no México: mesmo com uma concepção radicalmente distinta e ao menos 50 anos mais antiga, o Fusca só foi encontrar um adversário combativo no mercado mexicano com o Opel Corsa B, que foi oferecido lá a partir de '94 como Chevrolet Chevy com carrocerias hatch e Chevrolet Monza na configuração sedan. Às vezes, chega a parecer que o designer Hideo Kodama fez propositalmente um uso de elementos mais arredondados no Opel Corsa B até para tentar fisgar aqueles nostálgicos que cultivam uma memória afetiva em torno do Fusca, e guardadas as devidas proporções é possível considerar que foi uma boa medida para fazer mexicanos que pensavam em Volkswagen para carros compactos econômicos assimilar a idéia de que um Chevrolet não seria necessariamente uma má opção;
5 - manteve-se competitivo diante da expansão de fabricantes japoneses: não é de hoje que o Japão se destaca na produção e desenvolvimento de veículos compactos, e hoje os fabricantes japoneses estão numa posição bem mais confortável que a General Motors e outros fabricantes em regiões tão diversas quanto Ásia e África ou até nos Estados Unidos. Por mais que no Brasil os fabricantes japoneses tentem arrotar um prestígio que não lhes pertence, nos mercados mais desenvolvidos e até em alguns países pobres do sudeste asiático e da África são vistos como um pé-duro que não incomoda mas também não empolga. Destacando-se os casos da Austrália onde o Opel Corsa B foi importado da Espanha oferecido como a 3ª geração do Holden Barina em substituição a versões do Suzuki Swift japonês anteriormente oferecidas com essa denominação, e da África do Sul onde kits CKD brasileiros foram usados até 2009 para a montagem do Opel Corsa Lite, fica evidente a combinação entre versatilidade e durabilidade que fez do modelo um bom concorrente no segmento de entrada mesmo em regiões onde o uso da mão inglesa favorece os japoneses no tocante à economia de escala.
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