terça-feira, 1 de junho de 2021

Raridade: moto MZ nacional

Um modelo cuja história é bastante obscura, a MZ 250 RS foi produzida entre '84 e '87 no município de Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre, pela FBM (Fábrica Brasileira de Motocicletas). Baseada no projeto da MZ ETZ 250 da Alemanha Oriental, com a qual compartilhava o motor 2-tempos de 243cc com refrigeração a ar, tendo o motor importado enquanto a maior parte dos componentes era de fabricação brasileira. Tanque de combustível, rabeta, tampas laterais e a pequena carenagem de farol eram feitas em fibra de vidro, mas o tanque deteriorava muito rapidamente em função do uso de resina ortoftálica para saturar a fibra ao invés da resina vinílica que é mais adequada a um contato direto com hidrocarbonetos. O motor tinha potência e torque bastante modestos para um 2-tempos na mesma faixa de cilindrada, com 21cv a 5500 RPM e 2,8kgfm a 5200 RPM, e tem a peculiaridade de trazer o pedal de partida no lado esquerdo ao invés do lado direito como é habitual nas motos nacionais. A posição do pedal de partida acabava facilitando o uso com side-car, que permanecia habitual na época da Cortina de Ferro.

4 comentários:

Douglas Antunes disse...

Nunca vi uma MZ pessoalmente, apesar de sempre prestar atenção em marcas e modelos, até de motos. Imagino que os problemas de alimentação (o tanque potencialmente problemático) e o desempenho não muito primoroso colaboraram para o insucesso desta interessante 250

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

O mais louco é que essa MZ eu vi na Palhoça. Moto do leste europeu no Rio Grande do Sul eu cheguei a ver uma Jawa transformada em chopper num bar de praia e uma Csepel em Porto Alegre, além de uma scooter que eu não lembro agora se era alemã ou tchecoslovaca.

Anônimo disse...

Show, A Mz do Brasil, não tinha tanque em fibra, ele é de chapa. as RS foram até 1986, depois somente as RSJ até 1987 e existem algumas 1988. depois vieram as 1992/93 e94 que vinham como prototipo no doc. o motor era de regime de baixo rpm priorizando a durabilidade. e sistema de energia, muito parecido com os automóveis da época, por este motivo os mecânicos se atrapalhavam.

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Cheguei a ver algumas com tanque de fibra. Gambiarra para driblar a escassez de peças de reposição então?

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