quinta-feira, 9 de abril de 2020

5 motivos para ainda gostar do Toyota Bandeirante


Em meio à era dos soft-roaders que ficam mais à vontade no estacionamento de um shopping, um jipão raiz como o Toyota Bandeirante ainda se destaca como símbolo de épocas mais gloriosas no tocante a utilitários aptos a enfrentar as condições de rodagem mais pesadas. E mesmo que hoje não seja tão apreciado pelo público generalista influenciado por modismos e ignorante quanto à valiosa contribuição desse modelo para o desenvolvimento brasileiro nas mais diversas frentes econômicas e de segurança e defesa, ainda há uma série de motivos para apreciá-lo, dentre os quais pode-se destacar ao menos 5.

1 - durabilidade: a boa fama hoje carregada pelos automóveis da Toyota, que até a década de '90 tinha o Bandeirante como único produto no mercado brasileiro, persiste exatamente graças ao Bandeirante;

2 - porte razoável até para trafegar em ambiente urbano: embora seja até um desperdício deixar de explorar as aptidões off-road do Toyota Bandeirante, a carroceria jipe com capota de aço consegue ser melhor do que muito hatch compacto moderno no tráfego urbano. Apesar da altura que amplia o campo de visão, o modelo é mais curto e estreito que a maioria dos hatches 0km hoje à venda no Brasil, além de ter uma distância entre-eixos mais curta que reduz o diâmetro de giro e assim facilita manobras em espaços mais apertados que é útil tanto para desvencilhar-se de algum obstáculo no meio do mato quanto para estacionar numa vaga pequena;

3 - imponência: essa característica é particularmente útil tendo em vista que muitos ignorantes só entendem a linguagem da violência e do medo, e nesse aspecto a robustez e brutalidade exaladas pelo Bandeirante parecem dissuadir alguns encrenqueiros quanto à possibilidade de criar confusão com o condutor. Apesar disso, infelizmente ainda é importante atentar para o risco de furtos ou roubos à mão armada que acometem praticamente qualquer modelo equipado com motor Diesel, e no caso de antigos em geral ou de utilitários chega a ser mais crítico. Na pior das hipóteses, o fato de ter chassi separado da carroceria facilita blindar e remanufaturar a blindagem quando se fizer necessário;

4 - resiliência diante da precariedade da malha viária: por mais que não pareça muito adequado às condições do tráfego rodoviário, mais exigentes no tocante à velocidade e que exigem uma atenção especial ao se conduzir um utilitário devido ao centro de gravidade mais alto, a má conservação do pavimento que se alastrou por ruas e estradas é um bom motivo para que a robustez do Toyota Bandeirante seja apreciada;

5 - beleza: naturalmente vai haver quem não sabe apreciar a sobreposição da funcionalidade sobre a forma, típica de utilitários tradicionais de uma época em que não haviam se convertido em objeto de desejo de um público urbano emergente que vê uma caminhonete 4X4 como símbolo de status, mas o Toyota Bandeirante é muito mais elegante do que algumas invencionices modernas que parecem ter saído de algum filme de ficção científica.

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