A percepção de menor segurança, sobretudo nessa época que SUVs repletos de parafernálias eletrônicas e airbags são o sonho de consumo da classe média, também poderia parecer um motivo para evitar usos recreativos da Kombi, embora seja inevitável também uma comparação às motocicletas também vistas como inerentemente perigosas mas que nem por isso são efetivamente proibidas em qualquer via aberta ao tráfego de veículos (com exceção da Ponte Hercílio Luz por causa do pavimento em grade onde foi proibido o tráfego de motos pelo risco de lesões mais graves a um motociclista em caso de acidente). O único dispositivo de segurança moderno que realmente me pareceria desejável adaptar numa Kombi se fosse o caso de fazer uma restomod para atender às mais variadas condições de uso seria o ABS, devido à efetividade para prevenir acidentes em algumas condições de tráfego e terreno, e a bem da verdade as alegações da Volkswagen para tirar a Kombi de linha no Brasil incluírem uma suposta impossibilidade de instalar freios ABS, e outra vez uma analogia com as motos agora se faz necessária à medida que até motos de pequena cilindrada hoje incorporam esse recurso ao menos na roda dianteira. A meu ver, uma melhoria que seria mais desejável para uso estritamente recreativo seria considerar uma instalação de ar condicionado, ou até climatização evaporativa se fosse o caso, que já serviriam bem para o caso de usar uma Kombi para acampar, bem como eventuais melhorias a serem adaptáveis à motorização e também à suspensão e aos freios para atender às necessidades que o tráfego rodoviário hoje impõe.
Talvez até substituir o motor e o câmbio originais fosse tentador, e na prática deixando só a "casca" da Kombi que traz um melhor aproveitamento da extensão da plataforma de carga em comparação a SUVs de comprimento parecido, e uma direção mais moderna por pinhão e cremalheira e com assistência iria proporcionar ainda mais conveniência. Mas a bem da verdade, mesmo em estado "bruto" a Kombi tem uma aura de aventura que remonta à época dos hippies, bem como a mecânica aparentemente "à prova de burro" que foi uma verdadeira escola para tantos mecânicos brasileiros atrai tanto pela nostalgia quanto pela idéia do próprio dono poder fazer alguns procedimentos de manutenção com ferramentas simples se desejar ou efetivamente precisar, ao contrário de tantos modelos modernos que requerem um treinamento mais específico e ferramentas mais complexas para lidar com alguns componentes do motor. Enfim, mesmo que uma parte considerável do público brasileiro agora considere a Kombi mais como uma curiosidade histórica ao invés de um veículo efetivamente prático que se mantenha adequado tanto para usos a trabalho quanto a lazer, uma combinação de versatilidade e facilidade de manutenção ainda a tornam interessante...
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