Compacta o bastante por fora para ser fácil de manobrar em espaços um tanto restritos, ser acomodada em vagas de estacionamento de tamanho normal, e ainda ter um volume interno proporcionalmente grande, a Kombi é sem sombra de dúvidas idolatrada por um público heterogêneo que vai muito além dos operadores comerciais que efetivamente dão um uso estritamente profissional ao modelo, agradando também a usuários com um perfil mais recreativo.
A simplicidade mecânica, ainda aplicável aos últimos modelos já dotados do motor EA-111 flex de refrigeração líquida mesmo que a um grau consideravelmente menor que o bom e velho boxer refrigerado a ar, também é uma vantagem em situações que a complexidade técnica de motores modernos atrapalha mais do que se poderia esperar, mesmo quando o problema em motores modernos possa estar relacionado a periféricos como os módulos de pós-tratamento de gases de escapamento usados em alguns utilitários modernos com motor turbodiesel.
Mesmo com o desempenho mais modesto em tráfego rodoviário em comparação a furgões e pick-ups de concepção mais recente, ainda é conveniente destacar que a Kombi por ser derivada do Fusca acaba tendo capacidades de incursão off-road satisfatórias na maioria das vezes, mesmo com tração só traseira ao invés da tração 4X4 hoje tão difundida junto ao público de pick-ups médias e grandes, e o motor traseiro favorece uma concentração de peso mais próxima do eixo motriz em diferentes condições de carga.
Naturalmente há quem se dê por satisfeito com o teto na altura original e as menores restrições para o acesso a estacionamentos cobertos, enquanto outros podem preferir o melhor aproveitamento de espaço interno que só um teto alto tanto retrátil quanto fixo é capaz de proporcionar, ficando até melhor que um quarto de hotel ou um bangalô com diárias a peso de ouro no Airbnb.
Mesmo que alguns possam reclamar da falta de zonas de absorção de impacto (minha avó já dizia que parachoque de Kombi é o joelho do motorista), ou dos freios ABS que a bem da verdade me pareceria tentador adaptar por conta própria usando componentes de alguma caminhonete a diesel com motor de injeção mecânica, a simplicidade da Kombi é particularmente interessante em contraste com o risco de problemas que os motores de utilitários mais recentes possam ter devido a variações na qualidade dos combustíveis em diferentes regiões, e portanto a Volkswagen ser conservadora substituindo o boxer pelo EA-111 na transição das normas de emissões Euro-2 para Euro-3 ao invés de radicalizar com um motor Diesel que teria mais risco de problemas a partir de 2012 em função do teor de enxofre no óleo diesel em diferentes trechos ajuda mais do que atrapalha.
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