sexta-feira, 6 de junho de 2014

Análise de estilo: Geely Panda

Já não é nenhuma novidade que os fabricantes chineses estão ganhando espaço no Uruguai devido aos preços baixos em comparação com modelos mais tradicionais, e também dando uma sobrevida à combalida indústria automobilística local, que depende em grande parte da montagem de kits CKD com alguns componentes oriundos do Mercosul para atender a índices mínimos de conteúdo regional e assim facilitar a exportação para Brasil e Argentina. Um modelo que até poderia ter algumas chances de sucesso se fosse introduzido no mercado brasileiro é o Geely Panda lançado em 2009, conhecido no Uruguai como Geely LC e montado nas instalações da Nordex.
Em termos gerais, o Geely Panda lembra muito o Toyota Aygo lançado 4 anos antes, equipado com um motor de 3 cilindros e 1.0L ou um de 4 cilindros e 1.3L, todos com câmbio manual de 5 marchas. A diferença mais visível para o Toyota está na parte frontal, com a posição dos faróis e o formato da grade remetendo às feições de um urso panda, além das lanternas traseiras que também seriam inspiradas nas pegadas das patas traseiras do animal, e os falsos quebra-ventos nas janelas laterais traseiras permitindo que a parte deslizante do vidro possa ser totalmente aberta sem interferir com a curva da porta ao redor da caixa de roda. A seleção de motores e câmbios também tem suas diferenças, sendo que o Aygo é oferecido com câmbio manual ou automático, e chegou a ter opção por um motor turbodiesel de 4 cilindros e 1.4L entre 2005 e 2007 além do 1.0L tricilíndrico, mas nunca teve nenhum outro motor de 4 cilindros.

Apesar do tamanho compacto ser apreciável para uso urbano, o desenho do modelo pode ser considerado demasiadamente delicado, até um tanto "girlie", e a grade fica baixa demais em relação aos faróis, dando um aspecto um pouco desproporcional apesar das peças publicitárias destinadas ao mercado uruguaio destacarem o Geely LC como "o carro que sorri" (el auto que sonríe).

A linha é complementada pelo LC Cross, disponível somente com o motor de 4 cilindros, com um desenho diferenciado e inspirado nos soft-roaders da moda e com uma aparência menos zoomórfica. A parte frontal chega a lembrar vagamente a caminhonete SsangYong Actyon Sports depois da reestilização de 2012, mais notadamente pela grade. Os parachoques com pintura apenas na parte superior e molduras decorativas prateadas até deixam a aparência menos "girlie", quebrando parte da aversão que alguns poderiam ter ao modelo. Se fosse suprimida a moldura decorativa prateada, a parte frontal do LC Cross poderia ser aplicada às outras versões com um resultado mais adequado à preferência do consumidor brasileiro (fica a dica para o Grupo Gandini, representante da Geely no Brasil). Na traseira, chamam a atenção o pneu sobressalente preso a um suporte externo, a tampa do porta-malas com uma menor área envidraçada e as lanternas mais simples.
A bem da verdade, a posição do pneu sobressalente é o aspecto mais questionável no desenho do Cross, ainda que permaneça mais adequado ao gosto brasileiro em comparação com as outras versões do LC.

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