Produzido de 1964 a 1968 na Inglaterra, 1966 a 1981 na Austrália, e finalmente de 1980 até 1993 em Portugal já abrangendo o período a partir de 1990 sob gestão da fábrica de motocicletas italiana Cagiva na operação portuguesa, teve nas versões inglesas somente um motor de 848cc especificado para o uso de gasolina de baixa octanagem, enquanto versões entre 998cc e 1098cc foram as mais usadas durante a produção australiana. Uma versão australiana surgida a partir de 1971 e especificamente direcionada à exportação adotava um motor de 1275cc e o tanque de combustível realocado da lateral esquerda para uma área logo abaixo do assoalho traseiro, em atendimento a normas de segurança dos Estados Unidos, e vale destacar que o Mini Moke também teve a distinção de ser o primeiro carro fabricado na Austrália a alcançar um grande volume de exportações, sendo usado até mesmo pelas Forças de Defesa de Israel no que aparenta ter sido o único uso efetivo do Mini Moke em combate. Certamente uma alteração nos braços da suspensão traseira e o uso de rodas aro 13 em substituição ao aro 10 do modelo inglês a partir de 1968, com o intuito de aumentar ao menos um pouco o vão livre, proporcionavam melhor aptidão ao off-road leve, mas tais mudanças foram revertidas para retomar a padronização de componentes com o Mini, tão logo iniciou-se a produção em Portugal em versão semelhante à australiana de exportação à qual corresponde o exemplar de 1993 das fotos, embora as rodas aro 10 tenham dado lugar ao aro 12 a exemplo do que havia ocorrido no Mini com a implementação dos freios dianteiros a disco.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2023
Mini Moke, um dos carros com a história mais curiosa dentre todos
Um veículo de aparência bastante curiosa, o Mini Moke conta com estrutura monobloco em aço como praticamente qualquer carro "normal" da atualidade, embora o formato do compartimento do motor e os paralamas dianteiros inegavelmente remetam ainda que vagamente às formas de um Jeep Willys, além da carroceria aberta que o tornava conceitualmente próximo a um buggy em algumas regiões litorâneas de antigas colônias britânicas. Com a produção tendo ocorrido inicialmente na Inglaterra, onde chegou a ser cogitado o uso militar antes que o vão livre do solo menor que o de um Jeep ou de um Land Rover o fizesse ser preterido até pelos Royal Marines que teoricamente poderiam valer-se do baixo peso para desembarque com tropas paraquedistas nas zonas conflagradas, chegou a ter 3 exemplares capturados na Amazônia pelo Exército Brasileiro em 1969 quando guerrilheiros da antiga Guiana Inglesa entraram ilegalmente no Brasil, e ao menos um dos exemplares esteve exposto no Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS) em Manaus praticamente como um troféu, visto por mim em 2004. À época até me foi dito por um soldado que aquele exemplar específico havia sido adaptado com motor e câmbio de algum Fiat nacional que costumam ser os mais facilmente adaptáveis ao Mini, algo facilmente compreensível diante da escassez de mecânicos que entendam de alguns aspectos mais peculiares das versões do motor BMC série A, que na linha Mini tem câmbio e diferencial integrados ao cárter e banhados pelo mesmo óleo do motor, tal qual ocorre na maioria das motocicletas.
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