sábado, 27 de setembro de 2014

Honda CB 500 Four (série K)

Uma das motos que mais marcaram a década de '70, e contribuíram para que os motores de 4 cilindros em linha conquistassem espaço no mercado motociclístico, a Honda CB 500 K, também conhecida como CB 500 Four, foi produzida no Japão entre os anos de '71 e '74.
Tinha um perfil mais clássico, ao contrário da série F que surgiu em seguida buscando maiores pretensões esportivas.

O motor de 4 cilindros em linha, comando de válvulas simples no cabeçote (SOHC) e duas válvulas por cilindro, era refrigerado a ar e contava com 4 carburadores Keihin 627B de 22mm. O escapamento originalmente era 4X4, com duas saídas de cada lado, mas no exemplar das fotos foi substituído por um 4X1 direto (com "cano reto", sem abafadores).
Com potência de 48hp e torque de 4,3kgf.m, alcançava uma velocidade máxima de 180km/h.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Ford Escort SW americana

Semana passada avistei essa Ford Escort Station Wagon americana de segunda geração em Porto Alegre. Chama a atenção pelo desenho, claramente inspirado no Ford Taurus "Robocop", que se não causa mais aquele impacto de uma novidade ao menos não é tão cansativo quanto algumas invencionices modernas. A primeira geração do Escort americano era baseada na terceira geração européia, com leves alterações estéticas e motores mais adequados às preferências do consumidor americano, mas a partir de '91 ficavam totalmente dissociadas do similar europeu, ficando mais próximos do Ford Laser asiático derivado do Mazda 323/Protegé. Embora o Escort sul-americano produzido no Brasil seguisse o desenho europeu, alguns modelos norte-americanos chegaram a ser trazidos por importadores independentes até '95, quando um aumento nas alíquotas de importação os tornava uma opção menos atrativa. No caso da wagon das fotos, o motor original é um CVH de 1.9L e 8 válvulas a gasolina, mas havia ainda a opção por um motor Mazda de 1.8L e 16 válvulas. As opções de câmbio eram manual de 5 marchas ou automático de 4.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cross Lander CL-244

Entre os anos de 2002 e 2004, ainda sob o impacto do fim da produção do Toyota Bandeirante em 2001, houve alguma efervescência no mercado brasileiro na busca por modelos que pudessem suprir a lacuna que ficava no segmento de utilitários rústicos, e um desses foi o Cross Lander CL-244. O modelo era montado em Manaus pela Bramont (a mesma que hoje monta os Mahindra), com a carroceria importada da Romênia, onde era produzido pela ARO (Automobili Romanesci). As principais diferenças entre o CL-244 brasileiro e o ARO 24 romeno eram a parte de motorização: enquanto o CL-244 usava motor International HS2.8 e câmbio Eaton (os mesmos que a Ford Ranger usava à época), o 24 dispunha de um motor fornecido pela Renault. Com a falência da ARO em 2004, o Cross Lander acabou também saindo de linha, mesmo diante de rumores acerca de uma possível aquisição da fabricante romena por parte da Ford, que até especulava introduzir uma versão "federalizada" para o exigente mercado norte-americano. Além do jipe de carroceria fechada, chegou a ser apresentado um protótipo de uma pick-up, a CL-330, também originária de uma versão já produzida na Romênia, a ARO 33, e que chegou a ser feita em Portugal durante os anos '70 usando motores Daihatsu e comercializada com a marca Portaro, mas do lado de cá do Atlântico a pick-up não vingou.

sábado, 6 de setembro de 2014

Alguns caminhões antigos

Ford F-350 da década de 60. Ainda trazia um emblema verde e amarelo com os dizeres "Ford Brasileiro" no capô, destacando o fato do motor Y-Block de 292pol³ (4.8L) ser fundido no país.

Chevrolet D-60: já foi um modelo muito popular, mas hoje não se vê mais tantos rodando. Originalmente equipado com motor Perkins 6-354, muitos são repotenciados com motores Mercedes-Benz ou MWM em função da maior disponibilidade de peças de reposição.

Chevrolet C-65: originalmente equipado com motor Stovebolt Six a gasolina, com 6 cilindros e 265pol³ (4.3L) e câmbio de 4 marchas, já não é fácil encontrar algum remanescente.

Chevrolet 13000: entre a segunda metade da década de 80 e a primeira metade da década de 90, a Chevrolet até tinha uma linha de caminhões adequada às necessidades do mercado, mantendo até a opção por motor de ignição por faísca (6 cilindros de 292pol³ em versões a gasolina ou etanol) para operadores que eventualmente ainda o preferissem, mas a competição ia ficando mais acirrada contra a Volkswagen que estava popularizando a cabine avançada, e a Ford que além da Série F com cabine convencional "bicuda" introduzia o Cargo já em '85.

Chevrolet Brasil 6500: modelo da década de 60 destinado exclusivamente ao mercado brasileiro, usava uma cabine da geração Advanced Design ("boca de sapo") e uma seção dianteira que remetia à geração Task Force ("Marta Rocha").

Mercedes-Benz L-1111, primeiro modelo a ser oferecido no mercado brasileiro com a cabine semi-avançada AGL.

Mercedes-Benz L-1113: um dos caminhões mais importantes na história do transporte brasileiro, contava com motor OM-352 de 5.7L e 130cv, ainda se vê muitos remanescentes em plena atividade.


Na hora não foi possível identificar com precisão o modelo desse Mercedes-Benz com cabine AGL "cara preta", mas o mais provável é que se trate de um 1518 com 3o eixo adaptado ou de um 2218.

Mercedes-Benz 1718 com cabine FPN: nos anos '90, a Mercedes-Benz voltava a apostar na cabine avançada, cada vez mais apreciada por operadores urbanos em função da visibilidade e aproveitamento da extensão da plataforma de carga, facilitando até o balanceamento da carga de modo a se beneficiar no aumento do peso máximo permitido no eixo dianteiro, de 5 toneladas para 6.

Scania 112HW 360: mesmo com mais de 20 anos de fabricação, ainda se vê muitos Scania dessa geração pelas estradas brasileiras.

Scania 111-S: conhecido também como "jacaré", já foi um dos modelos de maior sucesso no segmento dos pesados. Hoje ainda se vê um ou outro em operação, mas já andam sumindo...

Scania LK-141: o primeiro "Rei da Estrada", usava motor V8 de 14 litros, inicialmente com 375cv.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Momento nostalgia: Suzuki Intruder 250

Entre '97 e 2001, a Suzuki comercializou no mercado braleiro a Intruder 250, cuja aparência remetiaesas da década de 70. Contribuía para esse visual o motor "parallel-twin" de 2 cilindros em linha, refrigerado a ar, com 4 válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote, que desenvolvia 22cv. Tem um equilíbrio bom entre desempenho e economia de combustível, como já é de costume na categoria de 250cc.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Clássico atemporal: Dodge Challenger R/T Convertible 1970

Ontem pela manhã, durante uma ida ao Parque Moinhos de Vento (Parcão), acabei por me deparar com um dos 963 exemplares do Dodge Challenger R/T Convertible, produzidos apenas no decorrer do ano-modelo 1970 (em '71 todos os R/T novos eram hard-top). Equipado com o motor "Magnum" V8 de 383 polegadas cúbicas (6.28L) e carburador de corpo quádruplo, desenvolvia 335hp brutos. O câmbio era um manual de 4 marchas, com opção pelo automático TorqueFlite de 3, e a tração era traseira como seria de se esperar... Para '71, o pacote R/T já era aplicado apenas aos hard-top, e em '72 as versões de orientação mais esportiva eram rebatizadas como Rallye.
Lançado no outono norte-americano de 1969, o Challenger era a resposta da Chrysler ao Chevrolet Camaro e ao Ford Mustang, mas à época não foi um sucesso tão estrondoso de vendas diante dos rivais. Esteve inicialmente disponível com uma ampla oferta de motores, indo desde o Slant-Six (de 6 cilindros em linha com o bloco levemente inclinado) de 225pol³ (3.7L) até o V8 RB de 440pol³ (7.2L), passando por diversos V8 entre o LA de 318pol³ (5.2L) também usado nos Dodge brasileiros, o LA de 340pol³ (5.6L), o LA de 360pol³ (5.9L), o B de 383pol³ (6.28L) usado no R/T, e ainda o Hemi de 426pol³ (6.98L) e o RB de 440pol³ (7.2L) que podia ser disponibilizado tanto com um único carburador de corpo quádruplo (Quadri-Jet) ou uma trinca de carburadores de corpo duplo, formando o que os entusiastas conhecem por "Six-Pack". Nos 2 últimos anos de produção da primeira geração do Challenger, '73 e '74, além da ausência do conversível desde '72, as opções de motor se limitavam aos V8.