quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Alfa Romeo 1750 GTV

Da série produzida entre 1967 e 1971 a partir da plataforma Giulia, esse Alfa Romeo 1750 GTV tem um motor de exatos 1779cc (diâmetro de pistões de 80mm e curso de 88,5mm), com bloco e cabeçote de alumínio, 4 cilindros e, apesar de trazer apenas duas válvulas por cilindro, dispunha de comando duplo no cabeçote (DOHC), configuração conhecida como Twin-Cam. Algumas versões de competição chegaram a sair com o característico sistema Twin-Spark, com duas velas de ignição por cilindro e muito apreciado pela Alfa Romeo, e em alguns casos até cabeçotes de 16 válvulas. No exemplar das fotos, é uma versão mais básica, mas apesar de recorrer a carburadores (2 de corpo duplo) oferece bons valores de potência (122cv a 5500RPM) e torque (aproximados 19mkgf a 3000RPM), que podem ser considerados aceitáveis até mesmo em veículos de concepção mais recente. Apenas versões de especificação americana e canadense dispunham de injeção mecânica, visando atender às normas de emissões mais rigorosas daqueles mercados.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Quadriciclos: provavelmente os veículos mais marginalizados do mercado brasileiro

Um tipo de veículo que ainda gera bastante curiosidade, mas ainda tem participação limitadíssima no mercado brasileiro, os quadriciclos ainda não são muito populares para o uso em vias públicas pavimentadas. Por apresentar posto de condução semelhante a uma motocicleta, mas ter reações mais comparáveis a um carro convencional de 4 rodas, a regulamentação junto ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) ainda vem se arrastando por um longo tempo em meio a indefinições quanto à categoria de habilitação que deve ser exigida para conduzi-los. As autoridades brasileiras consideram a Carteira Nacional de Habilitação categoria B, para automóveis, a opção mais adequada, enquanto no Uruguai onde esse tipo de veículo já é regulamentado para operar em vias públicas exige-se habilitação para motocicletas devido à disposição de comandos e posição de pilotagem.

Convém notar, no entanto, que alguns modelos mais simples, até mesmo entre os 4X4, não contam com um diferencial traseiro, que visa garantir um maior controle ao fazer curvas em pistas pavimentadas, sobretudo acima de 60km/h. Normalmente, com um eixo traseiro rígido, faz-se possível nos modelos 4X2 usar transmissão final por corrente, visando à simplicidade e facilidade de manutenção que caracteriza motocicletas. Assim, além de ocorrer um desgaste mais intenso dos pneus, derrapagens tornam-se mais freqüentes. Há quem considere, por outro lado, que a bitola mais estreita em comparação com um automóvel convencional, acaba por atenuar esse problema.

Há ainda alguns modelos mais sofisticados, que chegam a oferecer cockpit semelhante a um automóvel, conhecidos como side-by-side devido à disposição de assentos. Apesar da cabine aberta, a "gaiola" usada nesse tipo de veículo fornece mais proteção que o monobloco da maioria dos carros "populares".
Mas como a principal aplicação desse tipo de veículo ainda é o off-road recreacional, convém observar que, a exemplo das motocicletas, acabam gerando menos pressão sobre o solo que um jipe tradicional, além do porte compacto facilitar manobras em espaços confinados.
Logo, apesar do desconhecimento e aparente desinteresse por parte do mercado consumidor, os quadriciclos apresentam-se como uma opção conveniente para diferentes aplicações.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Limpador de para-brisa com palheta única: superando o estigma de pobreza

Um elemento por muitas vezes associado a veículos de projeto mais austero, como o Fiat Uno, mas que também tem algum destaque em modelos mais sofisticados como a 1ª geração do Mercedes-Benz CLK, o limpador de parabrisa com palheta única acaba tendo algumas vantagens que superam um eventual estigma de pobreza.

Até mesmo o nobiliárquico Jaguar XJ chegou a recorrer a tal artifício. Na geração conhecida como série 3, o limpador de parabrisa duplo era utilizado, mas apresentava um inconveniente comum a esse layout: a água da chuva acabava sendo empurrada pela palheta montada no lado do passageiro em direção à porção do parabrisa que mal havia sido varrida pela palheta do lado do motorista, enquanto nas séries subseqüentes como a X308 produzida entre '98 e 2002 a palheta única proporcionava uma varredura mais uniforme do parabrisa.
Apesar da notável vantagem, o modelo deixou de recorrer a tal configuração com o fim da série X308.

Em algumas aplicações específicas, como em veículos esportivos, qualquer redução de peso que não prejudique o handling é apreciável, normalmente valendo mais a pena tirar 1kg de 100 peças individualmente do que tirar 100kg de um único ponto, e um bom exemplo pode ser observado no Porsche Carrera GT. Convém ressaltar, ainda, que uma palheta única acaba gerando menos arrasto aerodinâmico que duas, tanto que em veículos de competição é comum ainda manter a palheta de pé quando não está em uso, para prejudicar menos o fluxo aerodinâmico.

Apesar de hoje estar mais associado à imagem de uma busca quase obsessiva por reduzir os custos de produção, como no Toyota Etios, o limpador de parabrisa de palheta única mostra-se perfeitamente adequado em aplicações práticas, justificando até mesmo a adaptação em veículos que originalmente dispunham de limpador de parabrisa duplo, tomando por exemplo os microônibus Marcopolo Senior GV.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Fotografia: imagens aleatórias


Velo-Solex: ciclomotor de origem francesa, produzido entre 1946 e 1988, com uma incomum disposição do motor junto à roda dianteira.

Réplica de carruagem aberta do Século XIX, com capota do tipo "landaulet".


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Clássico moderno: Alfa Romeo 156

Um modelo relativamente recente, mas que já pode ser considerado um clássico, é o Alfa Romeo 156, introduzido em 1997 e tirado de produção em 2005 (exceto versões Sportwagon Q4, que perduraram até 2007) quando foi sucedido pelo 159. Um dos modelos que iniciou a implementação do câmbio automatizado, apresentando o sistema Selespeed como uma alternativa aos automáticos convencionais, ainda é dotado de um design do tipo ame-ou-odeie, com detalhes como as maçanetas discretas das portas traseiras para transmitir uma maior sensação de esportividade, condizem com a gloriosa história da Alfa Romeo nas competições, mas que deixou sua marca na história automobilística mundial.
No mercado brasileiro chegou a ser oferecido com um motor 2.0L com 4 cilindros e ignição twin-spark, com duas velas por cilindro como foi costume da Alfa Romeo durante décadas, além de um 2.5L V6. Por conta da sofisticação, está longe de ser um dos modelos mais apreciados pela maioria dos mecânicos de fundo-de-quintal brasileiros e exige insumos (gasolina, óleos lubrificantes, etc.) de boa qualidade para manter boas condições operacionais, mas não é tão problemático como alguns pelados que gostam de ostentar alegam. Considerando que ainda é um modelo mais difícil de ser encontrado com proprietários negligentes, em oposição ao que normalmente acontece com alguns concorrentes de origem germânica, ainda é mais fácil apresentarem-se em bom estado de conservação das características técnicas originais, sem gambiarras.

Também é digno de nota o Alfa Romeo 147, basicamente uma versão hatchback do 156, cuja produção se estendeu de 2000 até 2010.

domingo, 6 de janeiro de 2013

exemplos de armas antigas

Garruchas antigas, calibre 22, em exposição no Museu Naval Casa do Homem do Mar, localizado em Bombinhas-SC.

Réplica, aparentemente não-funcional, de uma pistola que Napoleão Bonaparte costumava portar.

Revólver antigo de fabricação inglesa, integrante do acervo do mesmo museu.

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Renault 4 GTL (argentino)

Renault 4 GTL de fabricação argentina que eu vi ontem enquanto levava a cadela para uma caminhada. Para um desavisado, pode parecer só "uma Belina bizarra" (as rodas com 3 parafusos realmente são idênticas)...
Pesando cerca de 600kg, o Renault 4 foi oferecido com motores a gasolina da série Billancourt de 4 cilindros em linha, refrigeração líquida e comando de válvulas no bloco, com cilindradas de 0.75L (reaproveitado do antecessor 4CV, popular "rabo-quente"), 0.85L (compartilhado com o Dauphine), 0.95L e o 1.1L da série Sierra, com 5 mancais de virabrequim, que passou a equipar os GTL europeus a partir de 1978 mas já era usado na van Estafette e no R8. O câmbio, um transeixo de 4 marchas, é posicionado à frente do motor, logo por definição considera-se o modelo como sendo dotado de uma configuração de motor central-dianteiro, característica que colabora para uma melhor distribuição de peso entre os eixos, favorecendo a estabilidade direcional.
Uma característica curiosa do modelo é a distância entre-eixos 4,5cm mais curta do lado esquerdo, proporcionada pela montagem dos semi-eixos traseiros. A suspensão independente nas 4 rodas é uma característica que às vezes faz falta na maioria dos "carros populares" de projeto mais recente...
Lançado nos mercados mundiais em 1961, ano em que a operação brasileira da Renault estava vinculada à Willys Overland do Brasil, pode-se deduzir que seria uma opção mais acertada que o Dauphine para enfrentar as condições da malha viária latino-americana à época, tanto que a produção teve continuidade na Colômbia até 1992 com a introdução do Twingo.