Renault 4 GTL de fabricação argentina que eu vi ontem enquanto levava a cadela para uma caminhada. Para um desavisado, pode parecer só "uma Belina bizarra" (as rodas com 3 parafusos realmente são idênticas)...
Pesando cerca de 600kg, o Renault 4 foi oferecido com motores a gasolina da série Billancourt de 4 cilindros em linha, refrigeração líquida e comando de válvulas no bloco, com cilindradas de 0.75L (reaproveitado do antecessor 4CV, popular "rabo-quente"), 0.85L (compartilhado com o Dauphine), 0.95L e o 1.1L da série Sierra, com 5 mancais de virabrequim, que passou a equipar os GTL europeus a partir de 1978 mas já era usado na van Estafette e no R8. O câmbio, um transeixo de 4 marchas, é posicionado à frente do motor, logo por definição considera-se o modelo como sendo dotado de uma configuração de motor central-dianteiro, característica que colabora para uma melhor distribuição de peso entre os eixos, favorecendo a estabilidade direcional.
Uma característica curiosa do modelo é a distância entre-eixos 4,5cm mais curta do lado esquerdo, proporcionada pela montagem dos semi-eixos traseiros. A suspensão independente nas 4 rodas é uma característica que às vezes faz falta na maioria dos "carros populares" de projeto mais recente...
Lançado nos mercados mundiais em 1961, ano em que a operação brasileira da Renault estava vinculada à Willys Overland do Brasil, pode-se deduzir que seria uma opção mais acertada que o Dauphine para enfrentar as condições da malha viária latino-americana à época, tanto que a produção teve continuidade na Colômbia até 1992 com a introdução do Twingo.
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