segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Honda CG 150 Special Edition

Por mais que a linha Honda CG tenha se consolidado no mercado brasileiro com a proposta de uma moto utilitária, sendo também a mais popular entre os motofretistas/motomensageiros (popularmente conhecidos como "motoboys"), o fato de ter visto um exemplar de uma série especial comemorativa dos 30 anos de produção de motos Honda no Brasil sendo efetivamente usado para fins comerciais não deixou de me surpreender. Apresentada em 2006, a Honda CG 150 Special Edition seguia o padrão da CG 150 ESD oferecida na época, mas a cor laranja metálica e os grafismos diferenciados remetiam à primeira Honda CG 125 produzida no Brasil em 1976. As fotos foram feitas em Porto Alegre no começo de 2014 e, apesar de que o modelo já contava com quase 8 anos de idade, estava num estado de conservação bom. A bem da verdade, esse foi o único exemplar dessa série que eu vi na rua, sendo que em 2006 eu cheguei a ver outro em exposição em Florianópolis durante a Fenaostra daquele ano.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Yamaha RX 180 Diabolyn

Há quem não dê valor a motos de pequena cilindrada, mas nada impede que sejam boas bases para projetos especiais como foi o caso dessa Yamaha RX 180 customizada ao estilo das café-racers britânicas e rebatizada como "Dyabolin". Essa foi uma das poucas RX 180 que estavam expostas em meio a muitas RD 135 num encontro de motos 2-tempos que aconteceu no começo de maio em Brusque-SC, e sem dúvidas foi uma das que mais se destacaram no evento.

Update (08/02/2016): após checar algumas informações desencontradas sobre o modelo, anteriormente referido como uma RD 135, pude constatar que trata-se de uma RX 180. Entre os meses de maio e outubro de 2015, acabou por me fugir à memória o correto modelo da moto. Agradeço a alguns leitores mais atentos que me avisaram sobre o equívoco.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Vans blindadas: uma boa alternativa aos carros-fortes de concepção tradicional

Ainda não é muito comum no Brasil o uso de vans médias blindadas no transporte de valores em substituição aos carros-fortes baseados em chassis de caminhão, embora já tenha uma aplicação ainda discreta na Brink's, empresa de transporte de valores de origem americana que atua no mercado brasileiro desde 1966 e incorporou algumas Mercedes-Benz Sprinter 313CDI na frota a partir de 2007. Visando uma melhor manobrabilidade em espaços restritos e redução do peso vazio (tara) do veículo, foi usada a versão de entre-eixos curto e teto baixo, ainda que o uso de climatizadores evaporativos instalado aumente a altura externa.
Teoricamente, não haveria nenhum impedimento à montagem de uma carroceria especial para transporte de valores numa plataforma de van a exemplo do que hoje se faz na Espanha, mas como desde 2002 a Mercedes-Benz não oferece mais a Sprinter no mercado brasileiro como chassi para encarroçamento especializado, apenas versões de chassi e cabine ou com carroceria integral, esta última serviu de base para a versão blindada em uso pela operação brasileira da Brink's. De qualquer maneira, algumas vantagens práticas no uso de um veículo desse porte são evidentes. Além da manobrabilidade, tem a operação livre nas chamadas "zonas máximas de restrição" ou "zonas VUC" onde há limites rígidos para o tamanho de veículos de carga que possam transitar sem restrição de horário, normalmente em torno de 5,50m de comprimento e 2,20m de largura.
Outra característica bastante peculiar da operação de transporte de valores está nos longos tempos de parada com o motor ligado em marcha-lenta. Nessa situação, como o motor de uma Sprinter tem por volta de 50% da cilindrada do motor de um caminhão (variável para mais ou para menos) entre 7 e 8 toneladas de PBT usado como base para um carro-forte tradicional, é de se esperar uma sensível redução no consumo de óleo diesel durante as paradas. Em marcha, mesmo considerando que o motor da Sprinter é de alta rotação enquanto os carros-fortes normalmente usam motor de baixa rotação, outros fatores tão diversos quanto o peso, o arrasto aerodinâmico e as relações de marcha são mais decisivos no tocante ao consumo, e neles a van se sai melhor.

Há condições bastante propícias a uma maior presença de vans no segmento do transporte de valores, que vão desde o trânsito cada vez mais caótico nos grandes centros urbanos até os preços exorbitantes dos combustíveis, passando por uma maior importância que vem sendo dada à "sustentabilidade", e tanto o consumo de combustível mais contido quanto as emissões relativamente baixas se enquadram nessas expectativas. A bem da verdade, chega a causar alguma estranheza que essa aplicação ainda não tenha ganhado tanta popularidade no Brasil.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Trator skid-steer

A alguns dias atrás vi no meu bairro esse trator JCB equipado com retroescavadeira e pá carregadeira, que me chamou a atenção pelo tamanho compacto. Uma característica que viabiliza as dimensões tão contidas desse equipamento é o sistema de direção do tipo skid-steer, que se vale da diferença na velocidade e sentido de giro das rodas entre um lado e outro, e que funciona melhor justamente com bitola estreita e distância entre-eixos curta. Não usa volante, e tem a direção controlada por alavancas que acionam embreagens e freios para induzir o efeito diferencial. O diâmetro de giro se torna bastante reduzido, favorecendo manobras em espaços mais confinados.