segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Engesa EE-34 de 2a geração


Um modelo hoje muito raro, o Engesa EE-34 marcou época como a principal VTNE para 3/4 de tonelada a ser usada pelas Forças Armadas. O exemplar das fotos está caracterizado com o layout usado pelo Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, e é usado por comerciantes de artigos com temática militar em Florianópolis. Usava motor Perkins 4-236 e câmbio Clark compartilhados com as pick-ups a diesel da Chevrolet brasileira, e uma variação do kit Tração Total da Engesa que ao invés da caixa de transferência de velocidade única usada nas pick-ups recorria à de dupla velocidade originalmente destinada ao uso em caminhões.


Detalhes da iluminação em padrão militar, destinada a dificultar a localização do veículo por aviões inimigos que estejam sobrevoando o campo de batalha.

Engate de reboque com gancho "G", e plug elétrico para as luzes do reboque embutido diretamente no parachoque traseiro.

Ganchos articulados e fixos estavam disponíveis para a eventualidade do veículo necessitar ser rebocado.

A "jerry-can" de 20 litros era originalmente acomodada num espaço aberto na lateral direita da carroceria.


Pá e picareta eram um importante auxílio caso as condições de terreno ficassem muito críticas e se tivesse que abrir um caminho praticamente do zero.


A cabine é espartana, sem nenhum luxo e com o painel todo em chapa, mas é suficientemente espaçosa e com ergonomia correta.

O nome da Engesa ainda é cultuado por entusiastas de veículos militares, e muito respeitado por profissionais do setor em função do elevado nível técnico que a empresa tinha.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Opala '80 com alavanca de câmbio na coluna de direção

Quem hoje vê esse Chevrolet Opala Comodoro, ano de fabricação 1980, pode achar que é só mais um "sucatão" imprestável como tantos automóveis antigos em estado de conservação precário que ainda circulam pelas ruas brasileiras, mas por incrível que pareça o Opala em questão já esteve pior. Chegou a ser usado até como dormitório por um sem-teto, com a anuência da antiga proprietária, que o havia deixado estacionado na Rua Henrique Dias, no trecho que vai entre as ruas Felipe Camarão e Fernandes Vieira, no Bom Fim, antigo reduto judaico de Porto Alegre que hoje vem passando por uma fase de decadência acentuada, perceptível pela quantidade de lixo que se acumula em alguns pontos do bairro e pela inconveniente circulação de drogados, pedintes e outros vagabundos em geral.
Mas um detalhe em particular chama a atenção no velho Opala: a alavanca de câmbio posicionada na coluna de direção (collumn-shifter), imediatamente atrás do volante, denotando que possa ser originalmente equipado com o câmbio manual de 3 marchas não-sincronizado. À época da fabricação, embora a maioria dos compradores optasse pelo câmbio manual de 4 marchas sincronizado e com alavanca no assoalho (floor-shifter), o antigo de 3 marchas com alavanca na coluna de direção ainda era disponibilizado sob encomenda, visto que ainda tinha uma restrita popularidade junto a motoristas profissionais, como taxistas, e gestores de frotas tanto em empresas privadas quanto órgãos públicos, em virtude de uma alegada vantagem na robustez. No caso de exemplares com 4 portas, como esse, ainda era vantajoso ao livrar o espaço que seria tomado por um console central, possibilitando que o interior acomodasse até 6 pessoas quando equipado com banco dianteiro inteiriço de 3 lugares. Resta a esperança de que o atual proprietário seja mais zeloso, e eventualmente restaure adequadamente esse exemplar com uma característica tão rara nos dias de hoje...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Honda VT600C Shadow bem próxima do estilo "bobber"

Pode-se definir uma "bobber" mais purista como tendo apenas o essencial para funcionar, além das motocicletas mais populares entre os adeptos desse estilo serem as Harley-Davidson, mas essa Honda VT600C Shadow que eu avistei hoje mais cedo me chamou a atenção por conta de alguns detalhes que, no fim das contas, já dão um bom upgrade na aparência da máquina. O farol de lente amarela e a lanterna traseira de Jeep Willys encaixam-se com perfeição ao propósito de uma "bobber", que muitas vezes não tem elementos como os indicadores de direção (os "piscas") que nessa foram montados em posição fixa no quadro, ao invés dos dianteiros ficarem junto ao guidon e os traseiros na rabeta, e o painel contando apenas com velocímetro, odômetros total e parcial, e luzes de advertência dos indicadores de direção, farol alto e posição neutra do câmbio ("ponto-morto") fica bem integrado devido ao tamanho compacto, sem no entanto prejudicar a leitura dos instrumentos.