quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Chevrolet: 100 anos de tradição

Em 3 de novembro de 1911, o empresário William Durant, fundador da General Motors, da qual permaneceu afastado entre 1910 e 1915, uniu-se ao engenheiro e piloto suíço Louis-Joseph Chevrolet, famoso pelos bons resultados usando veículos Buick em competições, para fundar uma nova fabricante de automóveis, que acabou batizada como Chevrolet, em Flint, Michigan. O primeiro modelo da nova empresa, o Series C Classic Six, já incorporava um motor de 6 cilindros em linha que o fazia se destacar em desempenho, além de trazer um motor de arranque (inicialmente pneumático), considerado um artigo de luxo à época. Louis Chevrolet vendeu a participação acionária a Billy Durant em 1915, por conta de divergências quanto ao projeto de alguns modelos, e em 1916 os lucros já viabilizaram um retorno de Durant ao comando da GM, que passava a incorporar a Chevrolet.


O famoso logotipo, conhecido como "bow-tie" (gravata-borboleta), surgiu apenas em 1913, após Durant ter se inspirado na estampa do papel de parede do quarto de um hotel francês. Ainda há uma versão extra-oficial alegando que é uma estilização da cruz suíça, em referência à origem do piloto Louis Chevrolet.

Hoje uma empresa moderna, com modelos como o Chevy Volt seguindo a moda dos híbridos, permanece vinculada a uma identidade tradicional fortemente baseada na nobreza e distinção de clássicos como o Impala, na força e resistência de utilitários que auxiliaram na construção de alguns países, e no desempenho do Corvette que até hoje com uma técnica mais rústica faz concorrentes europeus e japoneses sofrerem...

Passou a consolidar uma posição de destaque na produção brasileira de automóveis a partir de 1968, com o Opala, conhecido na África do Sul como Ranger, basicamente a adaptação de um modelo da Opel (o Rekord C) a um conjunto mecânico de projeto americano e compartilhado com os utilitários que já marcavam presença no mercado nacional, além de modelos importados que desde 1925 eram montados a partir de kits CKD em São Caetano do Sul.
Modelos como o Monza (versão local do Opel Ascona C europeu) e o compacto Chevette também ocuparam lugar de destaque no mercado brasileiro, assim como o Opel Kadett E e o Opel Corsa, entre outros modelos de projeto europeu que usaram a marca Chevrolet, como o Vectra, que por muitos anos permaneceu como referência entre os sedãs de porte médio, apesar de ter sido estigmatizado por conta da idade do projeto do motor que usava e da técnica menos arrojada que a de rivais de origem japonesa, ainda que o desempenho e consumo de combustível não fossem tão desfavoráveis...

Hoje, com mais de 40 anos dedicados à fabricação local de automóveis, a operação brasileira da Chevrolet é de tanta importância a nível mundial que concentra a pesquisa e desenvolvimento no projeto de caminhonetes de porte médio, além de sediar uma das fábricas de motores de 4 cilindros com maior volume de produção, atendendo a diversas divisões da GM no mundo.

Por mais que hoje tenham força estereótipos associando a marca Chevrolet à imagem de "carro de velho", táxi, viatura de polícia e outras aplicações com menos glamour, como a grande quantidade de wagons adaptadas para ser usadas como ambulância ou rabecão ainda hoje facilmente encontradas em operação apesar da antigüidade, isso acaba só reforçando a imagem de qualidade e confiança que todo fabricante de automóveis deseja e poucos conseguem estabelecer de uma forma tão natural.

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