sábado, 15 de setembro de 2018

Caso para reflexão: Toyota Bandeirante, Toyota Prius C e a size-impression




Às vezes a nossa mente nos prega algumas peças, e entre essas situações pode-se exemplificar o caso da percepção sobre o real tamanho de alguns veículos. Muitos de nós, ao vermos um utilitário bruto como o Toyota Bandeirante, já o assimilamos invariavelmente como um veículo "grande". Porém, ao comparar as dimensões externas desse ícone off-road com as de alguns hatchbacks modernos reserva uma surpresa...
Para entender isso, é essencial recordar que se trata de um projeto original japonês feito numa época de austeridade na indústria automobilística que se reconstruia por lá, e até o tamanho influenciaria na classificação de um veículo como sendo "de luxo" se o comprimento superasse os 4,70m ou a largura fosse maior que 1,70m. A versão de teto rígido com chassi curto tinha uma folga de 86,5cm referente ao limite de comprimento com seus 3,835m e mesmo que a largura de 1,665m esteja dentro de uma margem de 3,5cm já escapava de ser classificado como um veículo "de luxo" de acordo com a regra japonesa. Ainda que possa soar absurdo a idéia de tratar um Toyota Bandeirante como um veículo de luxo, vale destacar que essa regulamentação permanece em vigor, influenciando também modelos como o Toyota Prius C (ou Toyota Aqua como é comercializado no mercado japonês) que foi lançado justamente como uma alternativa para quem desejasse um veículo que escapasse a sobretaxação que já é aplicada à atual geração do Prius em função da largura de 1,76m.
Com comprimento de 4 metros e largura de 1,69cm, o Prius C já ocupa uma superfície maior sobre o leito carroçável em comparação a um Bandeirante curto de teto rígido, e a distância entre-eixos de 2,55m também já é maior em 21,5cm que os 2,285m do utilitário nesse mesmo parâmetro. No fim das contas, só na altura de 1,45m que o Prius C passa a ser nitidamente menor que o valor de 1,92m para o Bandeirante por uma diferença de 47cm. Juntamente com o desenho mais arredondado e um fator que os aerodinamicistas tratam como "área frontal corrigida", além de não sobressair tanto em altura, o Prius C passaria a impressão de ser efetivamente mais compacto.

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