Já não é nenhuma novidade que o chassi separado da carroceria usado na produção do Fusca acabou por dar origem a uma infinidade de outros veículos que se valiam do conjunto mecânico completo e, com uma carroceria diferenciada, servir para outras finalidades. No caso dos buggies, a carroceria de plástico reforçado com fibra de vidro tinha como vantagens principais a leveza e a incorrosibilidade, que os tornava muito atraentes para o uso nas regiões litorâneas. A configuração de motor e tração traseiros que por muitos anos foi incontestável na linha Volkswagen também favorecia a transposição de terrenos onde outros veículos passavam dificuldades, mas às vezes ainda se fazia necessário mais algum auxílio. Como o diferencial tem por padrão aplicar a maior parte do torque na
roda que enfrente menos resistência ao rolamento, no caso de trechos
não-pavimentados ou quando se tenha uma diferença muito substancial na
aderência dos pneus o veículo pode acabar "patinando"...
Nesse caso, um método de custo não muito absurdo e que tornou-se um bom aliado para escapar dessas situações em modelos de proposta off-road baseados na mecânica do Fusca foi adaptar duas alavancas entremeadas pelo freio de estacionamento, cada uma acionando de forma independente o freio da roda traseira do respectivo lado. Foi equipamento de série nos modelos da Gurgel, onde recebia a denominação Selectraction, e tinha como função aplicar alguma resistência à roda que estivesse girando em falso para que uma parte maior do torque fosse direcionada à roda que estivesse em contato com a porção mais firme do terreno e o veículo pudesse seguir normalmente. Como a grande maioria dos veículos tem o freio de estacionamento atuante nas rodas traseiras ao invés das dianteiras, esse recurso é mais facilmente aplicável aos de tração traseira, com a vantagem de ser mais barato e de fácil manutenção comparado a um diferencial autoblocante.
Um comentário:
No hay dudas que ese es un buen ingenio.
Postar um comentário
Por favor, comente apenas em Português ou em Espanhol.
Please, comment only in Portuguese or Spanish.
In doubt, check your comments with the Google Translate.
Since July 13th, 2011, comments in other languages won't be published.