domingo, 13 de setembro de 2020

5 carros que ficariam ainda mais interessantes com tração traseira

 Há quem considere a tração traseira como sendo mais "correta" que a tração dianteira hoje mais comum em automóveis, e não há sombra de dúvidas de que uma boa parte dessa preferência se dá pela imagem de "esportividade". Logo, não é nenhuma surpresa que apreciadores de carros com uma proposta esportiva sejam ainda mais favoráveis a essa configuração embora não sejam os únicos. Mesmo para automóveis com uma proposta mais urbana e generalista, a tração traseira poderia oferecer algumas vantagens. Entre tantos modelos de diferentes categorias, ao menos 5 ficariam de fato mais interessantes caso tivessem sido oferecidos com tração traseira:

1 - Mitsubishi Eclipse: o fato de algumas versões até a 2ª geração terem oferecido tração integral já denota que não seria tão absurdo ter aplicado a tração somente traseira, ainda que o projeto previsse ou a tração somente dianteira ou integral nas 4 rodas. Além da popularização do drift, modalidade na qual esportivos de origem japonesa costumam ser muito apreciados, outro bom pretexto para que se tivesse optado pela tração traseira seria o caso de aproveitar para instalar motores V6 e V8 em algumas versões para acirrar a competição com os pony-cars americanos;

2 - New Beetle: na intenção de aproveitar a onda retrô entre o fim dos anos '90 e início dos anos 2000, a Volkswagen aproveitou para tentar se valer do carisma do Fusca numa plataforma mais moderna do Golf que então estava na 4ª geração. Mas apesar do desenho até simpático, o fato de não oferecer uma maior diferenciação técnica com relação ao Golf e ainda comprometendo o espaço interno em nome das formas a um custo maior dificultava uma aceitação do modelo junto a um público mais amplo. Talvez a tração traseira, principalmente se estivesse associada à disposição de motor traseiro como no Fusca, até pudesse ter proporcionado uma maior capacidade de incursão off-road que servisse bem a uma releitura moderna dos Baja Bugs, eventualmente saindo-se até melhor do que muitos soft-roaders modernos;

3 - Chevrolet Spin: por mais que pudesse soar incoerente num primeiro momento, não seria ruim se a Spin tivesse sido desenvolvida com tração traseira ao invés de dianteira. Para um uso mais urbano, não dá para ignorar que a tração traseira costuma proporcionar uma melhor manobrabilidade em espaços mais exíguos devido ao menor diâmetro de giro que só é possível quando não se os tem semi-eixos de transmissão à frente. O fato de alguns concorrentes que obtiveram mais sucesso em outras regiões como a África e o sudeste asiático terem tração traseira seria, naturalmente, outro bom pretexto para que fosse considerada essa possibilidade;

4 - Ford Del Rëy: o fato de não ter oferecido uma diferenciação técnica tão significativa comparado ao Corcel II certamente pesou contra as aspirações mais prestigiosas do modelo, que aplicava à plataforma ainda proveniente dos tempos da cooperação entre a Willys-Overland do Brasil e a Renault referências visuais do Ford Granada europeu. Considerando que essa mesma plataforma chegou a ser convertida de tração dianteira tanto para tração 4X4 quanto para tração somente traseira em algumas pick-ups feitas na Romênia pela Dacia, não teria sido tão difícil a Ford ter feito algo análogo no Brasil, até liberando espaço para a instalação do motor 2.3 OHC anteriormente usado no Maverick;

5 - Fiat Doblò: certamente o fato da Fiat já ter se estabelecido no Brasil priorizando a tração dianteira tornaria ainda mais improvável até especular sobre como poderia um modelo da marca ser beneficiado caso contasse com tração traseira, mas a princípio poderia ter sido uma boa solução para o Doblò. Em que pese o fato de que tal configuração dificultaria incorporar um conjunto mecânico mais parecido com o do restante da linha nacional da Fiat, a manobrabilidade em áreas urbanas ficaria favorecida, bem como a tração em aclives especialmente à medida que estivesse mais carregado. Também seria de se considerar uma eventual facilidade maior para atender a outros mercados onde a Fiat não conseguia se firmar antes da fusão com a Chrysler para formar a FCA ter proporcionado a facilidade de poder usar a marca Jeep para desovar SUVs que não vão sair de moda tão cedo, ao contrário de furgonetas utilitárias que já não tem os méritos devidamente reconhecidos por parte do público generalista...

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