O teto pintado de branco, em contraste com o restante da carroceria, ainda é muito habitual em veículos utilitários de fabricação inglesa como o Range Rover Evoque. Embora possa ser considerado um mero detalhe estético, é em mercados de exportação com uma maior incidência solar que mostra a real utilidade. Reduzindo o acúmulo de calor irradiado ao interior do veículo pela menor reflexão da luz solar provocada por tonalidades mais escuras, se tem uma sutil mas já perceptível melhora no conforto.
Para muitos fãs incondicionais, um Land Rover Defender unindo o imortal British Racing Green ao teto branco é uma das combinações mais perfeitas que podem existir, além de reforçar a imagem de bravura associada à grande participação do modelo em diversos mercados africanos em tempos mais gloriosos para a indústria automobilística inglesa...
Embora seja normalmente mais associada a automóveis de origem britânica, no mercado brasileiro muitos outros modelos das mais diversas origens, como a americana Ford F100 e a alemã DKW F-89, ao passarem a ser produzidas localmente incorporaram tal característica, bastante apreciada numa época em que o ar condicionado automotivo ainda era extremamente raro, estando mais facilmente adaptável a veículos pesados devido ao volume do compressor e a força necessária para movimentá-lo.
Recentemente, virou moda a aplicação de um adesivo de vinil preto, o chamado "black piano", para imitar o teto de vidro escurecido presente em veículos mais sofisticados como o Acura ZDX.
A meu ver, tal fenômeno pode ser um bom contra-argumento a favor do teto pintado de branco em veículos mais recentes, mesmo que ocorram críticas sobre esse elemento de estilo por supostamente não combinar com as linhas mais arrojadas de veículos modernos, excetuando alguns de aspecto claramente retrô como o Mini Clubman.
Há quem alegue que o teto branco dá ao automóvel um aspecto indesejável de "carro de velho", que pode ser negado ao olhar esse Chevrolet Camaro de 1973, que mantém a esportividade sem sacrificar a elegância conferida pelo teto branco, que ao contribui para o conforto térmico.
Por mais que o teto de vidro escurecido contribua significativamente para um design moderno, como no Hyundai Veloster, tal fator não chega a ser uma unanimidade junto aos consumidores. Muitos apontam alguma fragilidade do material em comparação com um teto convencional em chapa de aço, mesmo que por segurança seja comum o uso de vidro laminado para evitar que passageiros fiquem feridos por um eventual estilhaço durante um acidente.
Mas, por mais que o tempo tenha passado, não se pode ignorar o aspecto nobiliárquico que o teto branco conferiu a modelos como o DKW-Vemag Belcar 1000...
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