sábado, 25 de julho de 2020

5 motivos para as motos Royal Enfield me agradarem mais que uma Harley-Davidson

O ressurgimento da Royal Enfield em mercados internacionais, não mais como uma empresa inglesa mas sob administração indiana, é um caso bastante peculiar. A retomada da produção de motos com motor bicilíndrico, caso das Royal Enfield Interceptor 650 Twin recentemente introduzidas no Brasil, dá a entender que a aposta para se firmar em segmentos prestigiosos é ambiciosa. Naturalmente, para uma marca com foco em tradição e nostalgia, comparações com a Harley-Davidson são inevitáveis, e podem até haver motivos para surgir uma preferência pela Royal Enfield destacando-se ao menos 5.
1 - importância histórica da marca: não dá para negar que a Royal Enfield tem uma história muito rica, o que já a credencia para buscar um público até semelhante ao da Harley-Davidson sem parecer tão "genérica" quanto as fabricantes generalistas;
2 - disposição de cilindros mais favorável a uma refrigeração homogênea nas bicilíndricas: com um motor parallel-twin, o fluxo de ar para refrigeração chega pela frente em ambos os cilindros, ao invés de passar por um antes e já chegar demasiado quente ao outro como é o caso dos motores tradicionais da Harley-Davidson, além da presença de um radiador de óleo ser também outra vantagem para a atual geração de twins da Royal Enfield;
3 - custo competitivo: apesar de hoje a Royal Enfield ter voltado a ser uma marca de classe mundial, em que pese o preconceito em função da produção estar concentrada na Índia, ao menos por enquanto a política de preços a favorece diante de outras fabricantes que apostam na nostalgia. E mesmo que o motor parallel-twin vindo numa faixa de cilindrada relativamente modesta de 650cc, seria exagerado crer que uma Interceptor ou uma Continental GT sejam inerentemente "inferiores" aos modelos da Harley-Davidson que em alguns casos chegam perto do triplo da cilindrada;
4 - handling mais adequado a diferentes condições: tanto as novas twin quanto as monocilíndricas mais tradicionais como a Classic 500 tem uma configuração mais favorável para diferentes percursos. É especialmente notável uma maior aptidão para fazer curvas, ponto fraco das opulentas Harley-Davidson;
5 - motos que foram feitas para usar: desde quando ainda estava com o foco mais concentrado no mercado indiano, onde a linha monocilíndrica permanece forte mesmo que as versões na faixa de 500cc não possam mais ser vendidas por lá em função do avanço das normas de emissões Bharat Stage 4 para Bharat Stage 6 em abril embora as de 350cc sigam firmes e fortes por lá, as motos Royal Enfield estão longe de ser algo como um mero troféu para exibicionismo. Ao contrário da Harley-Davidson que busca referências de estilo antigas para aplicar a modelos modernos mais orientados ao lazer, a Royal Enfield se manteve por décadas com modelos antigos de verdade sendo atualizados para atender a algumas regulamentações de emissões ou de segurança, e apesar da cilindrada relativamente alta em comparação a modelos generalistas modernos uma Royal Enfield Classic 500 ou a 350 que permanece à venda na Índia não podiam deixar de atender a quem procurasse uma moto para efetivamente usar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Desculpe a sinceridade, Kamikaze, mas você comparou maças com laranjas... Não tem nada a ver uma Harley Davidson com essas motinhas indianas, mesmo sabendo que são continuação das inglesas. A comecar do estilo, do tipo de moto street, do motor muito menor. Acho seu Blog muito bom, mas sinto muita "síndrome de vira-lata" nos seus posts. Sempre propagando que motores menores e mais fracos seriam melhores do que motores mais potentes ou complexos, num país que já recebe produtos defasados e inferiores aos do Primeiro Mundo, será que somos ainda um pais agrário, com asfalto remendado e somente rodamos com Fuscas e Jipes ? Desculpa a sinceridade, publique apenas se desejar.

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Podem até não ser concorrentes diretas, mas me agrada mais a proposta das Royal Enfield. Problema seria querer proibir as Harley-Davidson, mas esse não é o meu intuito. Quanto ao país "agrário, com asfalto remendado" e onde somente rodamos "com Fuscas e jipes", não está tão longe da realidade de alguns parentes meus, e eu ficaria muito insatisfeito com um veículo que não me permitisse ir fazer uma visita e voltar sem deixar pedaços pelo caminho. É uma condição totalmente diferente de caminhar com o cachorro atravessando alguns bairros de Porto Alegre que efetivamente tem uma infraestrutura de primeiro mundo apesar de nem sempre apresentarem o melhor estado de conservação.

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