Ao contrário de veículos motorizados, que necessitam de emplacamento para rodar em vias públicas, o mesmo não ocorre com as bicicletas, o que torna mais difícil responsabilizar os condutores por alguma infração de trânsito. Chega a ser cômico o discurso de alguns bicicleteiros mais fanáticos de que o carro "anula a identidade" de quem o dirige, com o veículo tendo mais destaque que o próprio condutor, mas tem hora que a bicicleta se revela mais conveniente para se evadir de algum local deixando menos rastros...
Não tem sido incomum se deparar com bicicleteiros em Porto Alegre, que em diversas ocasiões tem adotado uma postura arrogante e irresponsável, dificultando a boa convivência no trânsito enquanto desafiam a paciência de motoristas, a integridade física de pedestres, e até a própria integridade física. É bastante usual vê-los desrespeitando a sinalização de trânsito enquanto avançam pelos cruzamentos sem dar atenção aos semáforos, subindo pelas calçadas e expondo pedestres ao risco de um atropelamento, como se o tocar de uma campainha ou um grito de "olha a bike" os alçasse ao patamar de divindades do trânsito. Alguns ainda mais exibicionistas, ao mesmo tempo que fazem um discurso sobre medidas de "traffic-calming" para diminuir a velocidade média dos automóveis, revelam uma hipocrisia ao ostentar trajes semelhantes aos usados no ciclismo de competição...
Apesar da bicicleta gozar de precedência sobre os veículos motorizados de acordo com o mal-formulado Código Brasileiro de Trânsito, um pouco de bom-senso por parte dos bicicleteiros já traria uma significativa melhora na convivência com os condutores de veículos motorizados.
Manter a distância de 1,5m ao ultrapassar um ciclista, além de ser difícil de fiscalizar por parte das autoridades, muitas vezes pode atrapalhar ainda mais a fluidez do trânsito. Limitar o uso da bicicleta a vias onde a menor velocidade média causaria menos transtornos, por exemplo, já seria um avanço...
Placa instalada CLANDESTINAMENTE por bicicleteiros numa das principais avenidas de Porto Alegre |
Há quem se arrote como um "ser humano melhor" por usar a bicicleta, com toda aquele exaustivo discurso sobre meio-ambiente, tudo muito bonito na teoria mas que na prática se mostra utópico demais...
Por mais que a bicicleta e outros veículos de propulsão humana possam ter alguma utilidade, mais limitada em função dos trajetos a serem percorridos, não é justificável apontar os veículos motorizados como o único motivo para a violência no trânsito...
Um comentário:
O pior de tudo é a hipocrisia desse povo que acha que merece privilégios por ser "alternativo". Lugar de bicho-grilo é no meio do mato.
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