Projetado originalmente pela Iso Rivolta italiana, que produziu o modelo entre os anos de 1953 e 1956, o microcarro Isetta teve a produção licenciada para outras empresas, como a BMW, e até para as Indústrias Romi, que acabaram sendo pioneiras na fabricação de carros no Brasil com a Romi-Isetta lançada em 1956 e que saiu de linha em 1961 por não ter um preço tão competitivo, visto que por ter apenas uma porta e 2 lugares não era considerada um carro de acordo com os padrões definidos pelo Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA) estabelecido pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira.
O modelo foi feito pela BMW entre 1955 e 1962, e acabou incorporando algumas características próprias, diferentes do design original da Iso, mais notadamente nas janelas mais largas e sem quebra-ventos, que melhoram consideravelmente a ventilação da cabine. Foi muito importante para a reestruturação da BMW no pós-guerra.
Uma das características mais notáveis do modelo era a porta frontal, inspirada em aviões cargueiros "nose-loader". Na Inglaterra, onde por motivos tributários a Isetta estava disponível com 3 rodas para ser enquadrada como motocicleta, chegou a ser disponibilizada pelo Serviço Nacional de Saúde local para usuários de cadeira de rodas, que podiam conduzir o veículo na própria cadeira, de certa forma antecedendo o programa Motability.
A bitola traseira é notadamente menor nas versões de 4 rodas, como nessa Isetta 300 de 1958, de modo a dispensar um diferencial mesmo sem comprometer a estabilidade em curvas.
Quando foi lançada, foi equipada com uma versão levemente modificada do motor de 1 cilindro e 250cc da moto BMW R25/3, com 12hp a 5800RPM, e incorporava um ventilador axial para auxiliar na refrigeração a ar. A velocidade máxima era em torno dos 85km/h, e o modelo foi o primeiro produzido em série a ter consumo de 3L/100km. Em 1956, com uma alteração nas regras para obtenção da carteira de motorista na República Federal Alemã a Isetta passou a usar motor de 300cc, desenvolvendo 13hp a 5200RPM e torque de aproximadamente 2m.kgf.
O interior é absolutamente simples, com um assento inteiriço para 2 ocupantes, alavanca de câmbio montada na lateral da cabine para não comprometer mais ainda o espaço. Painel e volante eram montados na porta, com uma coluna de direção articulada na base.
2 comentários:
Com algum motor de uma moto mais moderna, podia ser até aquele das BMW 650, uma versão atualizada ficaria até bem boa para competir com o Smart Fortwo.
Parece que a vermelha tem a carroceria um pouco mais gordinha que vermelha ou é angulo da foto.Obrigado
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