A uns 4 dias atrás, o meu pai flagrou esse triciclo de fabricação artesanal em Canoas, uma das maiores cidades da região metropolitana de Porto Alegre. Montado com um chassi de Mobylette extensamente modificado, usando motor, balança traseira, freio traseiro, roda traseira, lanternas, indicadores de direção e amortecedores de Honda CG 125, caixa de direção (de setor e rosca sem-fim) de Fusca, com uma caixa de carga dianteira. A configuração de duas rodas à frente e apenas uma atrás, conhecida como "tadpole-trike" ou "reverse-trike", não é tão comum no Brasil, mas é bastante aclamada por favorecer o equilíbrio de peso e a estabilidade direcional. Considerando a agilidade para manobras e o reduzido espaço ocupado pelo veículo sobre o leito carroçável da via, oferece uma boa racionalização da extensão da plataforma de carga, característica muito apreciável numa região com intensos volumes de tráfego urbano.
8 comentários:
É o tipo de coisa que precisava de mais apoio para dar certo, triciclo é bom que economiza mas não é tão divulgado.
Tricarros de trabalho foram mais populares em Portugal anteriormente à inserção na CEE, habitualmente com motores de 50cc por não haver a necessidade da carta de conductor. Meu avô paterno teve um Famel com caixa traseira quando eu era miúdo, e um tio ainda tem um de caixa dianteira.
Genial. É de veículos simples mas ao mesmo tempo altamente funcionais que se precisa no Brasil.
Exatamente. São muito mais adequados à realidade econômica e social brasileira do que se imagina.
Depois de ver tanto triciclo transformado a partir de moto, acho até estranho a Honda ou a Yamaha não terem nenhum modelo assim direto de fábrica.
Daqui a algum tempo pode até ser que os triciclos fiquem mais populares, quando airbag e ABS finalmente forem obrigatórios nos carros, já que isso vai aumentar a diferença de preço entre um carro pequeno e um triciclo, e vai dificultar a homologação daquelas vans chinesas, ao mesmo tempo que o preço da gasolina tem ficado cada vez mais pela hora da morte. Já posso esperar para ver vendedores de hot dog chegando com triciclo no lugar duma Towner velha.
Bem lembrado.
Para quem realmente precisa de um veículo motorizado para trabalhar ou fazer trajetos com pouca bagagem sem levar passageiros, parece mesmo uma alternativa mais racional que ficar dependendo de um veículo de 4 a 6 vezes mais pesado, com motor pelo menos 8 vezes maior poluindo bem mais, custo de manutenção mais caro, e mais difícil de arranjar lugar para estacionar. Seria bom se o brasileiro médio fizesse como o dono desse triciclo e perdesse aquela arrogância de ver no carro um objeto de ostentação.
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