domingo, 1 de julho de 2012

Triciclos: uma opção que não se deve descartar

Um tipo de veículo que segue a linha ame-ou-odeie, os triciclos ainda atraem sobretudo a usuários recreacionais, que buscam a liberdade das motocicletas aliada a um pouco mais de conforto, segurança e capacidade de carga, característica extremamente apreciada em longas viagens. Considerando o público-alvo semelhante ao de algumas motos turísticas, como a Harley-Davidson Electra Glide, o maior apoio proporcionado pela configuração do triciclo não só melhora a estabilidade ao ser atingido por ventos laterais (e assim reduzindo irregularidades no desgaste dos pneus) como também reduz o risco de lesões nos joelhos com o veículo parado.

Embora preservem semelhanças de estilo com o polêmico Renha, que nos anos 80 teve a imagem fortemente associada ao acidente que culminou com a amputação de uma perna do jornalista Wagner Montes, à época jurado do Show de Calouros no Programa Sílvio Santos, e fomentando mitos sobre a segurança, as precárias adaptações feitas a partir de chassis Volkswagen então muito usadas nos triciclos e que acentuavam a já notória concentração de peso na traseira hoje são proibidas, e os chassis atuais projetados especificamente para esse tipo de veículo tem o centro de massa mais deslocado à frente, reduzindo a tendência a empinar e perder a trajetória.

Já para aplicações mais práticas, como o transporte comercial leve, ainda há poucas opções que ofereçam um nível de conforto mais desejável por usuários profissionais como o Piaggio Ape e o Lambrecar, ambos de origem italiana e que tiveram uma breve passagem pelo mercado brasileiro durante a década de 60.
O que tem aparecido mais freqüentemente são adaptações a partir de motocicletas, sem a opção de uma cabine que ofereça ao condutor o mínimo de proteção contra as intempéries, linhas de pipa com cerol (que provoca muitos acidentes todos os anos, principalmente durante as férias escolares) ou mesmo objetos lançados em direção ao veículo, tanto de forma intencional quanto acidental. No entanto, ao considerar o custo operacional reduzido, os triciclos não deixam de ser uma opção de transporte adequada às condições brasileiras, além de contribuir para uma diminuição da saturação da malha viária nos grandes centros urbanos em comparação com veículos de maiores dimensões e capacidade de carga semelhante devido à racionalização da plataforma de carga.

Já para o transporte de passageiros, no mercado brasileiro os triciclos acabam sendo cercados por tabus relacionados à imagem mais consolidada como um veículo rústico e essencialmente dedicado ao lazer mas sem tanta praticidade no uso cotidiano, mesmo que seja possível disponibilizar todas as amenidades que hoje podem ser disponibilizadas na atual geração de carros populares...
Logo, por mais que hoje não estejam desfrutando de tanta popularidade junto ao consumidor médio, constituem uma opção que não se deveria descartar arbitrariamente...

4 comentários:

Dieselboy sa Maynila disse...

Se lo usan muchos triciclos como taxi en las Filipinas, lo he tomado unos por mis recorridos en la isla Palawan. Casi todos hoy cuentan con motor Honda de 155cc gasolinero, pero ahora en la ciudad Puerto Princesa tambien hay unos electricos que no me ha gustado mucho aun que con el diseño más aerodinámico y liviano lo iban a quedar perfectos con un motor diesel de 10HP.

Anônimo disse...

vc so pode ta de brinks ne mano, triciclo pode ter alguma utilidade mas eu duvido que tenham coragem de trocar carro normal por isso

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Depende, obviamente, do trajeto que vá ser percorrido e do quanto as limitações técnicas do veículo ainda permitam uma condução segura e responsável.

Bruno disse...

Com esse garfo longo que a turma dos triciclos gosta de usar fica mais prejudicada a manobrabilidade em lugares apertados, é mais estradeiro mesmo.

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