segunda-feira, 19 de março de 2012

Uma reflexão sobre o "caso Thor" e a irresponsabilidade na condução de bicicletas

O atropelamento com morte de um ciclista durante o fim de semana está repercutindo em meio a muitas polêmicas na República das Bananas, mais pelo envolvimento do filho de um empresário bilionário e de um automóvel superesportivo que pelo próprio desfecho fatal da história. Se ao invés de um Mercedes-Benz SLR McLaren o carro fosse uma lata velha qualquer não chamaria tanta atenção da mídia sensacionalista, e se o condutor não fosse filho de Eike Batista provavelmente não teria muito destaque nem cairia na boca maldosa do povo.


Na postagem anterior, onde eu expus a minha opinião sobre o ocorrido, apareceu um comentário destilando puro preconceito e inveja. Não liberei a publicação do mesmo, mas vale a pena analisá-lo por partes:


1- "Pode-se dizer que o sr. ********* trabalhava 48 horas por dia para ter o pão na mesa enquanto o bon-vivant Thor pode se dar ao luxo de devorar caviar em colher de sopa."

Insinuar sobre a condição financeira privilegiada do motorista como se essa fosse a única causa do acidente é uma grande irresponsabilidade. Houve uma somatória de erros que culminou com a morte do bicicleteiro, que transitava pelo leito carroçável da rodovia numa velocidade inferior à minima permitida, enquanto a assessoria de imprensa do empresário Thor Batista divulgou nota oficial alegando que ele conduzia o veículo dentro da velocidade permitida. Logo, mesmo que Thor estivesse acima da velocidade permitida o bicicleteiro já estava errado. Vale destacar que a bicicleta não possuía acessórios de sinalização adequados à circulação à noite, que deveria ser feita pelo acostamento. Da parte da administração da rodovia, a instalação de passarelas em pontos estratégicos e até a construção de ciclovias marginais à rodovia poderia ter zerado o risco que levou ao acidente;


2- "É muito fácil julgar pelas aparências, principalmente quando se tem táxi e lotação na porta de casa, e para muitos adoradores de motores poluidores e barulhentos que não se importam com a vida humana um automóvel de luxo vai ser sempre mais atraente que uma bicicleta "de pobre" financiada a carnê no supermercado." 


Gostar de automóveis não é um descaso contra a vida humana como insistem alguns hipócritas. O próprio automóvel foi uma criação humana, e por mais que tenha algumas limitações no ponto de vista ambiental foi desenvolvido exatamente para facilitar a vida humana;


3- "Como se não bastasse o desconhecimento e os preconceitos contra o cicloativismo agora aproveita para dar vazão ao preconceito social."


Eu não tenho preconceitos contra o "cicloativismo", e sim uma opinião formada após ter o desprazer de ver adeptos dessa prática fazendo tumulto nas imediações da minha residência. Quem já teve a liberdade de ir e vir prejudicada por esses arruaceiros sabe como é desagradável. Costumam alegar que atrapalham "só por 5 minutinhos", mas isso não faz com que deixe de ser um incômodo;


4- "Com tanto ódio gratuito só faltava fazer alguma colocação sobre a cor da pele da vítima, como se mesmo após retornar do trabalho para a "senzala moderna" (sic) do subúrbio o negro pobre devesse fazer sem atrapalhar a diversão sádica e inconsequente do branco rico."



Apelar para a questão racial é muita falta do que fazer, e se eu quisesse poderia pedir a algum amigo negro que fosse cobrar explicações por tal declaração infundada. Quanto à questão de estar atrapalhando não necessariamente a diversão a bordo de um veículo motorizado, mas o direito de ir e vir, parece ser a tônica de muitos "cicloativistas" ao invés do fomento a uma infra-estrutura viária mais "bike-friendly", o que não significa necessariamente um combate aos veículos motorizados;

5- "Sou formado em Física pela UFRGS e posso afirmar que uma bici (sic) não tem o poder de destruição de uma Mercedes."



Pode ser formado na UFRGS ou no diabo que o carregue, isso é o que menos importa. Do mesmo modo que eu conheci pessoas que faleceram em colisões de carro, conheci pelo menos um que faleceu numa colisão envolvendo duas bicicletas;

6- "Por acaso a paixão do blogueiro é carros ou ARMAS?"



Pergunta imbecil que mereceria ficar sem resposta, mas além da paixão por carros eu sou favorável ao porte de armas para a população civil e não considero isso "coisa de psicopata" como dizem alguns cagões hipócritas de plantão, mas isso são outros 500 e um tema que pode ser debatido em outra postagem.




Ainda houve outro comentário inconveniente na postagem que eu fiz após ver o grupo "massa crítica" passar fazendo baderna nas imediações da minha residência durante a "bicicletada" do dia 24 de fevereiro de 2012...


1- "Legal é jogar fumaça no rosto das pessoas na rua então. Joinha, campeão."


Se o problema é relativo à fumaça, o fedor de maconha que acompanhava a "massa crítica" mesmo com escolta da Brigada Militar já serve para desqualificar o "argumento" dado;


2- "Um carro popular ocupa o mesmo espaço que 4 bicis (sic) na rua, e cada carro tem andado em média com menos de 2 ocupantes em Porto Alegre. É fácil botar a culpa do trânsito tumultuado na prefeitura por fazer menos obras carrocêntricas (sic) do que o blogueiro quer, mas não custa nada enxergar fora do próprio umbigo e ver que existem alternativas mais saudáveis para as pessoas coletivamente."


Porto Alegre tem problemas de engenharia de tráfego e de infra-estrutura viária que tornam o trânsito mais caótico, isso não pode ser negado. Por mais que a racionalização da plataforma de carga seja um bom paliativo para minimizar os congestionamentos, não pode servir como pretexto para que não sejam feitas obras para melhorar a fluidez do tráfego tanto de veículos particulares quanto de transporte coletivo. Por mais que os "cicloativistas" insistam em apresentar a bicicleta como a única solução para todos os problemas de mobilidade urbana, a baixa velocidade acaba sendo menos atrativa em alguns trechos mais longos, além da maior exposição às intempéries ser um inconveniente. Eu sou um ciclista experiente mas nem por isso insisto na bicicleta como um substituto para o automóvel ou o transporte coletivo em todas as circunstâncias;


3- "É fácil falar em respeito e opiniões contrárias quando não se aceita um contraponto racional e chamar os cicloativistas de irresponsáveis por lutar por uma cidade melhor para as pessoas sem tanta prioridade ao carro que mata e mutila milhares de cidadãos todos os anos."


A partir do momento que se incentiva o desrespeito ao direito de ir e vir e até à propriedade privada ao depredar veículos motorizados, o contraponto de "cicloativistas" não pode ser considerado racional. Eu conheço muitos idosos que não tem um condicionamento físico tão bom para pedalar longas distâncias, além de outros tantos que mal conseguem parar em pé sem ficar com dor nas pernas, então a partir do momento que se tenta restringir o direito desses cidadãos ao uso de um veículo motorizado particular não é uma luta por uma cidade melhor "para as pessoas", por exemplo.




Na prática, o que vem ocorrendo é uma "criminalização informal" da riqueza e suas demonstrações, motivada por uma inveja doentia e falso moralismo...

domingo, 18 de março de 2012

Breves considerações sobre a hipocrisia popular e o recente acidente com a Mercedes-Benz do Eike Batista

Ontem durante a noite o primogênito do empresário Eike Batista, Thor Batista, acabou atropelando um ciclista num trecho da Rodovia Washington Luiz (BR-040) que passa num subúrbio do Rio de Janeiro, ao volante da Mercedes-Benz SLR McLaren que o empresário tinha o hábito de guardar na sala de estar da mansão onde mora. Infelizmente o sensacionalismo da mídia e o falso moralismo do povão já fazem o caso tomar outra proporção, e não faltam julgamentos preconceituosos. Sempre se ouve aquela velha história de que "a corda sempre arrebenta do lado mais fraco", que os rigores da lei são aplicados com mais firmeza contra os pobres, mas por uma questão de bom senso esse discurso "coitadista" não deve ser usado como "justificativa" para demonizar o filho do empresário apenas por ser rico.

Ao contrário do ex-deputado paranaense que encheu o rabo de vinho e matou os 2 ocupantes de um Honda Fit ao colidir a 180km/h numa via urbana ao volante de um Passat, Thor chegou a fazer o teste do bafômetro logo após o acidente e não foi reprovado, além de ter providenciado para que fosse prestado socorro ao ciclista, que estava atravessando uma rodovia com a bicicleta à noite em condições péssimas de visibilidade, o que já acaba sendo um fator de extremo risco para um acidente.

Por mais que seja um veículo tecnicamente simples, uma bicicleta exige alguma responsabilidade na condução da mesma forma que os veículos automotores. Eu mesmo, apesar de ser um ciclista experiente e sempre ter zelado pela minha própria segurança ao conduzir bicicletas, já presenciei muitos atropelamentos de outros ciclistas. Num dos casos, numa sexta-feira do já longínquo ano de 2004, a minha mãe estava ao volante de um Corsa 1.0 e acabou por atropelar um moleque que com uma bicicleta subitamente se lançou à travessia do leito carroçável de uma rua pouco movimentada com calçamento de paralelepípedo, transversal a outra de grande movimento com calçamento asfáltico, e pouca visibilidade na esquina devido à calçada muito estreita, sem se certificar das condições do trânsito. O moleque, que casualmente estudava no mesmo colégio que eu à época, teve sorte que as irregularidades no calçamento daquela rua dificultavam velocidades superiores a 30km/h além da leve aclividade ter facilitado a desaceleração, saindo rapidamente e sem nenhuma escoriação, e na segunda-feira seguinte confessou que tinha aprendido uma boa lição com o susto...

Não é difícil ver os inconvenientes "cicloativistas" fazerem discursos exaltando um falso discurso a favor de "humanizar" o trânsito, mas na prática a vida do peão que morreu no acidente já está começando a receber um preço tal qual um simples pedaço de carne no açougue mediante especulações sobre o valor de uma eventual indenização. Ou seja, para os bicicleteiros hipsters, toda aquela hipocrisia "anti-consumismo" só vale quando o dinheiro está na mão dos outros...

Assim como no "caso Black Bull", a inveja falou mais alto que o bom senso. Ainda que a assessoria de imprensa de Thor tenha emitido nota oficial relatando que ele conduzia dentro do limite de velocidade, não custa lembrar que mesmo um simples carro 1.0 pode alcançar velocidades superiores ao limite das rodovias brasileiras, além dos inúmeros "sucatões" caindo aos pedaços cujos proprietários muitas vezes gastam mais com pinga no boteco da esquina que com a devida manutenção preventiva.

Vale lembrar que alguns fatores poderiam ter diminuído ou eventualmente zerado o risco que culminou com o acidente, como o uso de sinalização luminosa na bicicleta (ou mesmo refletores do tipo olho-de-gato), que poderiam facilitar para que Thor pudesse ver o ciclista a uma distância maior e assim tivesse tempo de reagir à situação de risco, ou então uma adequação da infra-estrutura viária mediante instalação de uma passarela, mas aí deveria ser responsabilidade desse governo que cobra uma carga tributária obscena mas dá um retorno praticamente nulo ao cidadão.

Logo, por mais que seja fácil demais levantar acusações exacerbadas por inveja e falso moralismo, não se deve desconsiderar a responsabilidade de outros envolvidos no polemizado acidente.

sábado, 17 de março de 2012

A maldição de Henry Ford ataca novamente...

Acredite se quiser, o modelo da foto acima é vermelho...

Que o mercado brasileiro sofre com o "daltonismo automotivo" já não é novidade para ninguém, a profusão de carros no padrão preto-e-prata demonstra tal fenômeno da melhor (ou PIOR) forma possível...
Por exemplo, até o Nissan LEAF, que tem o apelo hi-tech do design ainda mais reforçado por um característico tom metalizado de azul, mesmo não sendo comercializado oficialmente já começa a ser visto em cores mais sem-graça sóbrias como o "pretinho básico".
O preto perdeu o status associado à simplicidade das antigas linhas de montagem de Henry Ford apenas por secar mais rápido, numa época em que estufas para pintura pareciam um devaneio de ficção científica, passou a ser percebido quase como nobiliárquico, mantendo algum valor mais alto de revenda. E atualmente o prata acaba sendo bem cotado devido ao aspecto de nobreza associado à tonalidade metálica, além de oferecer melhor conforto térmico ao enfrentar a inclemência do sol abaixo do Equador.
Mas, na prática, o consumidor que deseja uma cor diferenciada no veículo acaba tendo cada vez menos opções, como um tom de vermelho metalizado que tem um resultado controverso no LEAF, por exemplo...

Num contexto mais generalista, o branco acaba tendo uma boa aceitação na região Sul por conta da sobriedade e boa visibilidade à noite, e no Nordeste devido ao menor aquecimento da cabine ao ficar exposto ao sol, mas em São Paulo é rejeitado por ser a cor-padrão dos táxis. Atualmente acaba sendo uma das cores mais populares em utilitários por ser uma das mais baratas, a ponto de na Kombi ser atualmente a única opção...

Hoje, uma alternativa para driblar a falta de opções de cores acaba sendo o plottering, também conhecido como "envelopamento" ou "plotagem". A técnica, que consiste na aplicação de adesivos de vinil para cobrir total ou parcialmente a carroceria do veículo, já bastante comum na padronização da identidade visual de frotas comerciais, recentemente começou a ganhar espaço junto ao consumidor de veículos particulares por juntar o desejo de personalização a uma fácil reversibilidade visando manter o valor de revenda.
Vale destacar que o custo, principal razão para a atual hegemonia do preto-e-prata, acaba sendo mais favorável à plotagem do que a uma repintura completa, além da agilidade no serviço por não demandar uma desmontagem (total ou parcial) do veículo para a pintura nem algum tempo para secagem.

Na prática, por mais que Henry Ford acreditasse que o cliente poderia escolher um carro na cor que quisesse, desde que fosse preto, o consumidor só se rende a essa maldição por economia mas ainda deseja mais liberdade para ter um veículo mais de acordo com a personalidade do proprietário...

segunda-feira, 12 de março de 2012

Carros elétricos: ainda longe da realidade brasileira

Mesmo tendo alguns amigos que apreciam veículos elétricos, eu ainda tenho algumas objeções a esse sistema...

Os carros elétricos, por mais que venham sendo apontados como uma alternativa "sustentável" de mobilidade, acabam apresentando ainda umas dificuldades no uso cotidiano. Muitas vezes a recarga das pesadas baterias demanda um tempo muito maior do que o que seria requerido para abastecer o tanque de um veículo com motor a combustão interna, e a autonomia quase sempre restringe o modelo elétrico a trajetos urbanos, e a velocidade também acaba sendo muito limitada para não esgotar muito rapidamente a carga das baterias, tornando menos segura a circulação por vias expressas.
Alguns modelos de projeto mais avançado como o Nissan LEAF até tem um desempenho adequado, mas a autonomia baixa ainda é um inconveniente. Enquanto o LEAF pode percorrer cerca de 160 quilômetros a cada recarga completa de bateria, outros modelos da mesma classe com motor a combustão interna movidos a gasolina e/ou etanol podem percorrer facilmente mais de 300 quilômetros com um tanque cheio em percursos exclusivamente urbanos ou até mais de 500 quilômetros em trajetos rodoviários - no caso de veículos equipados com motores Diesel é possível até superar os 1000 quilômetros de autonomia em trechos rodoviários.
Já existem alguns equipamentos para recarga rápida de baterias, mas provocam um desgaste mais acentuado das mesmas, reduzindo a capacidade de acumulação de energia. Por mais que o custo de um kWh seja inferior ao de um litro de gasolina, etanol  ou óleo diesel, o custo de reposição das baterias ainda é muito alto, podendo superar facilmente o preço de um automóvel com motor de combustão interna e o gasto para mantê-lo rodando por alguns anos.
Vale destacar, ainda, a questão do consumo de energia pelos sistemas de ventilação, calefação e ar condicionado, que contribuem para uma redução ainda mais significativa da autonomia em um veículo elétrico. Não é possível esquecer que num motor de combustão interna ocorrem perdas de energia por atrito, convertidas em calor que ao ser dissipado ainda possibilita o uso de parte dessa energia térmica para manter a cabine aquecida durante o inverno.
Para o sistema de climatização num veículo com motor a combustão interna até seria possível reaproveitar energia térmica para refrigeração como nas antigas geladeiras a querosene (ou a gás GLP) ainda muito usadas em zonas rurais, que refrigeram por absorção, mas ainda é mais comum o uso de um sistema de ar condicionado com compressor e o uso de um gás refrigerante - o sistema acaba sendo mais pesado e gastando mais energia, e no caso de veículos elétricos acaba sendo a única alternativa devido à pouca dissipação de energia térmica nos motores elétricos.
Muitos entusiastas da tração elétrica ainda enaltecem as possibilidades de eliminar algumas perdas por atrito na transmissão, visto que é possível eliminar a embreagem ou algum conversor de torque hidráulico, e quando o motor tem o sentido de rotação reversível até o câmbio deixa de ser necessário. Entretanto, a não ser que sejam adotados hub-motors, o diferencial ainda é essencial para manter a dirigibilidade a velocidades acima de 60km/h, além de livrar espaço para uma acomodação das baterias que beneficie a estabilidade.
Mas para facilitar a adaptação da tração elétrica a modelos com um layout mais próximo do convencional, como o Chevrolet Volt, classificado como um híbrido serial por priorizar o uso do motor de combustão interna para recarregar as baterias e o motor elétrico para fins tracionários, acaba sendo mais comum o uso de um único motor elétrico ligado a um diferencial.
 No caso de modelos híbridos paralelos, como o Ford Fusion, ainda é necessário manter também o câmbio.


Há ainda os NEVs, Neighborhood Electric Vehicles, ou "veículos elétricos de vizinhança", em que a velocidade limitada acaba dispensando o uso do diferencial, mas por questões de custos acabam sendo usadas baterias de chumbo-ácido, com uma densidade energética menor que as de hidreto metálico de níquel ou íons de lítio que vem sendo usadas em projetos mais recentes e avançados, aumentando o peso e diminuindo a autonomia. Enquanto em outros países são usados com mais freqüência, no mercado brasileiro acabam mais restritos a serviços internos em locais sem tráfego intenso de veículos automotores.

Logo, além da atual geração de veículos elétricos puros disponíveis no mercado brasileiro ter algumas limitações técnicas que afastam grande parte do mercado consumidor, num país em que o sistema de distribuição de eletricidade ainda é mal-gerenciado, tornando o fantasma do "apagão" uma constante, o impacto de uma "eletrificação" da frota acabaria por demandar investimentos numa infra-estrutura que vem sendo negligenciada a um longo tempo...

sábado, 3 de março de 2012

Fotografia: escalas de cor e ângulos fazem a diferença

Além da importância como registro histórico, a fotografia se enquadra num contexto de expressão artística.

Ainda que a fotografia a cores permita um detalhamento mais preciso, o uso de tons de sépia ou escala de cinza pode ser usado para valorizar alguns elementos específicos.

As temperaturas de cor fazem até com que imagens muito semelhantes possam transmitir uma percepção muito diferente em aspectos tão distintos quanto sombreamento ou mesmo estado de espírito.

 O ângulo é outro fator que acaba por proporcionar grandes diferenças no resultado final por conta dos detalhes que acabam por receber um destaque maior, como nessas fotos da nova Chevrolet S10 brasileira.

 Em algumas situações, o ângulo pode alterar até a sensação de profundidade, como no caso dessa caminhonete elétrica usada pela SMAM para serviços de manutenção nos parques de Porto Alegre.

Logo, o ângulo e a escala de cor mais adequadas ao contexto que a imagem vá ilustrar fazem uma grande diferença...