quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Momento nostalgia: Fiat Uno Furgão

Não se pode negar que o Fiat Uno original, lançado na Europa em '83 e chegando ao mercado brasileiro no ano seguinte com algumas "tropicalizações", teve uma trajetória de bastante sucesso, tanto que permaneceu em linha até o fim do ano passado, saindo apenas por conta da obrigatoriedade de airbag duplo e freios com ABS nos carros produzidos a partir de 1º de janeiro de 2014, embora não fosse tecnicamente inviável oferecer airbag e freios ABS no Uno. Nem mesmo o lançamento do Palio em '96 e de um novo Uno baseado na 3ª geração do Fiat Panda europeu em 2010 foram páreos para o modelo antigo. Uma versão que hoje não é tão comum é o Uno Furgão, com capacidade de carga de 400kg num compartimento de aproximadamente 1200 litros que ocupa o espaço destinado ao banco traseiro e ao bagageiro nas outras versões e, embora fosse oferecido regularmente na Europa e na África do Sul (onde o Furgão era conhecido como Fiat Uno Espresso) desde o lançamento mundial do Uno, só passou a ser oferecida ao público brasileiro a partir de '91, normalmente só com pintura branca e equipado com o motor Fiasa 1.5 em versões a etanol ou gasolina, inicialmente com carburador mas a partir de '97 com injeção eletrônica multiponto. Até 2004 manteve esse motor, substituído pelo Fire 1.3 na mesma época que uma reestilização exclusiva para o mercado sul-americano (e estendida à África do Sul entre 2006 e 2008 quando o Uno brasileiro passou a ser exportado para aquele mercado) foi implementada. O exemplar das fotos, anterior à reestilização e ainda com motor Fiasa, chama atenção pela pintura amarela semelhante à da frota dos Correios, bem como pelo brake-light montado no teto ao invés da posição mais usual em hatchbacks que seria atrás do vidro traseiro.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Habilitação para condução de motocicletas e assemelhados: será que é hora de rever alguns conceitos?

Dentre os países signatários da Convenção de Viena, o Brasil é um dos poucos onde a se exige habilitação para a condução de ciclomotores (com motor de até 50cc e velocidade máxima de 50km/h), a ponto de instituir um modelo de Autorização para Condução de Ciclomotor (ACC) além da categoria específica na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para condução de motocicletas, triciclos e assemelhados. Assim, fica inviabilizado que jovens a partir dos 14 anos possam usar uma "cinquentinha" como a antiga Agrale XT no trânsito urbano. A meu ver, é lastimável que tal oportunidade para irem se habituando com normas de tráfego seja negada, e esse tipo de veículo que poderia ser uma opção econômica para quem deseja um veículo motorizado acabe sendo tão menosprezado, pois com toda a burocracia do processo de habilitação é mais lógico tirar a CNH categoria A e poder conduzir uma motocicleta de qualquer outra faixa de cilindrada e menos limitada no aspecto da velocidade máxima, como uma Honda Lead ou uma Suzuki Burgman 125.

Outro ponto que pode suscitar polêmicas é referente à própria habilitação para motocicletas e respectivas faixas de cilindrada e potência: em alguns países como o Japão ou Portugal, com a mesma carteira para conduzir automóveis também é permitido o uso de motocicletas até 125cc, além do sistema de habilitação escalonado de acordo com as faixas de cilindrada e/ou potência, evitando que um condutor mais inexperiente parta de uma "cinquentinha" como a Yamaha Jog direto para uma Hayabusa, por exemplo. Vale lembrar que antes da introdução do atual Código Brasileiro de Trânsito, haviam 3 classes distintas de habilitação para motocicletas: A1, A2 e A3.

Claro que para atividades profissionais, desde os motoboys até as "motolâncias", poderia não ser tão adequado dispensar a obrigatoriedade da habilitação específica para motocicletas, considerando as condições específicas da condução desse tipo de veículo com cargas que possam alterar o centro de gravidade do veículo ou em situações emergenciais, tanto que já existem cursos específicos para motomensageiro/motofretista e para condução de veículos de emergência.

Outro ponto que merece uma reflexão é quanto aos triciclos que, se antes quando predominavam modelos artesanais usando motorização Volkswagen eram mais vistos como um "brinquedão" destinado ao lazer, atualmente com uma grande quantidade de modelos usando motores motociclísticos de baixa cilindrada passam a conquistar uma importante participação no segmento de veículos comerciais tanto no Brasil quanto no Uruguai.
Por mais que o posto de condução normalmente se assemelhe mais ao de uma motocicleta, no que faz todo sentido que sejam conduzidos com a CNH categoria A, por outro lado as proporções mais próximas às de um automóvel e a estabilidade fazem com que não seja tão descabido cogitar que se possa conduzir triciclos com a mesma CNH com a qual é permitida a condução de automóveis e camionetas em faixas próximas de cilindrada, potência e/ou peso bruto total.
No caso específico de triciclos utilitários, como o Yumbo Cargo 200 comercializado no Uruguai, a concepção desse tipo de veículo em comparação com uma furgoneta compacta com capacidade de carga semelhante já evidencia algumas vantagens no tocante ao custo operacional, refletidas também no impacto ambiental ao longo da vida útil do veículo. Tomando por referência qualquer imitação chinesa da Suzuki Carry, um triciclo já sai em vantagem não só devido à menor quantidade consumida de combustível, lubrificantes e fluido de arrefecimento, pneus, material de atrito dos freios, e de alguns componentes que acabam por necessitar de substituição como elementos do sistema de ignição elétrico, como o próprio processo de fabricação também acaba por demandar uma menor quantidade de insumos e gastar menos energia.

A meu ver, a liberação da condução de ciclomotores, como a Dafra Super 50, para usuários sem CNH ou ACC a partir dos 16 anos seria uma opção interessante não apenas para proporcionar uma maior familiarização com as normas de trânsito como, em alguns casos, até para tornar menos burocratizado o acesso a um veículo motorizado. Fala-se tanto em "democratizar" tudo, mas os custos para se tirar carteira de motorista, adicionar categorias para moto (ou automóvel) e fazer as renovações são bastante elevados, e acabam induzindo uma parcela significativa do mercado que poderia se dar por satisfeita com uma "cinquentinha" a modelos com custo operacional ligeiramente maior.

Já com relação às motos até 125cc, apesar de tantos motoboys "cachorro louco" morrerem ou ficarem mutilados devido a acidentes, há de se levar em consideração que um usuário mais comedido, caso pudesse conduzir uma Honda CG 125 Cargo com qualquer CNH de qualquer outra categoria entre B e E, poderia se beneficiar do custo operacional reduzido no uso como meio de transporte particular sem depender da onerosa burocracia para se adicionar a categoria A.

Também os triciclos, atualmente encarados com algum ceticismo por grande parte do público brasileiro, poderiam ter as vantagens operacionais melhor reconhecidas caso um maior contingente de potenciais usuários com alguma aversão às motocicletas tivesse a oportunidade de conduzir um triciclo com a mesma CNH destinada à operação de um veículo de 4 rodas que venha a ter um perfil operacional semelhante.

Logo, por mais que seja um tema particularmente sensível e acabe por despertar discussões bastante acaloradas, me parece que há chegado um momento de discutir sobre o atual sistema de habilitação para condução de motocicletas e assemelhados, e eventualmente rever alguns conceitos...

sábado, 25 de janeiro de 2014

Mercedes-Benz T2 (Düsseldorf Transporter) de 1ª geração em Porto Alegre

Avistei nessa sexta-feira nas proximidades da Praça da Encol esse Mercedes-Benz L-407D de fabricação alemã, ano 1979, com carroceria furgão integral. Ao contrário das versões brasileiras da série T2, que só foram fabricadas em chassi-e-cabine ou chassi para microônibus (embora alguns encarroçadores independentes oferecessem, e no caso da CAIO oferecendo até hoje, a opção por uma carroceria furgão integral), na Europa havia também o furgão como o das fotos e microônibus. Comum a todas as versões era o motor Diesel OM-314 de 4 cilindros em linha e injeção direta, que na configuração adotada nesse furgão rendia 68cv. A 1ª geração do Düsseldorf Transporter, foi introduzida em 1967 e permaneceu em linha até 1986, e nos mercados brasileiro e argentino a produção foi de 1969 a 1989 quando a 2ª geração foi introduzida localmente.

Fotografia: caminhões

De vez em quando ainda aparece algum Scania "jacaré" no meu bairro. Não se pode negar que, apesar de tecnicamente superados, ainda são mais bonitos que qualquer Scania mais moderno...

No caso desse Scania G420 Euro-3, apesar do cenário altamente urbanizado destoar um tanto da vocação estradeira, enriquece a composição pelo contraste...

Entre os Scania da década de '90, os cara-chata como esse 113H não eram tão populares quanto os "bicudos", mas de vez em quando ainda aparece algum.

A bem da verdade, a cabine avançada inicialmente não era tão popular com os caminhoneiros brasileiros, tanto que desde o fim da produção dos caminhões da série LP nos anos '60 até a década de '90 a Mercedes-Benz não arriscava com nenhum "cara-chata" no mercado local.
Apesar da não ser tão comum, ainda se vê um ou outro LP ainda em operação no Rio Grande do Sul.

Mercedes-Benz LG-1519 do Exército Brasileiro, com tração 6x6: apesar da idade avançada, muitas viaturas desse modelo ainda rodam firmes e fortes...

Um modelo que já não se vê mais com tanta frequência é o Fiat 80. Esse apareceu a algumas semanas na Praça da Encol.

Ford série F: nesse exemplar, a frente com 2 faróis circulares e o teto branco contrastando com a cabine vermelha indicam que é do começo da década de '70.

Para não abandonar o vício, 2 caminhões Volkswagen da Coca-Cola. O Constellation é trucado de fábrica, enquanto o Delivery foi adaptado com um 3º eixo de rodado simples (mas não direcional).

Para fechar essa sequência com chave de ouro, um Chevrolet 13000 do final da década de '80 ou início dos anos '90. As rodas raiadas, mesmo sendo mais pesadas que as estampadas, ficam bonitas nesse modelo.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Suzuki Burgman 125 adaptada para condutores com deficiência física

A economia operacional é uma das características mais apreciadas em uma motocicleta de baixa cilindrada, mas o equilíbrio precário torna-se um obstáculo para quem tenha alguma deficiência física, o que acaba por requerer algumas alterações para proporcionar uma condução mais segura e confortável. Um dos modelos que tem sido mais usado como base para adaptações destinadas a deficientes é o Suzuki Burgman 125 (ou Burgman i na versão mais recente, dotada de injeção eletrônica, caso do exemplar das fotos). O câmbio automático do tipo CVT é particularmente vantajoso por já dispensar modificações ergonômicas que seriam requeridas para acionar uma embreagem e fazer mudanças de marcha, e proporciona alguma comodidade no tráfego urbano, embora no caso dessa adaptação acabe fazendo falta um reversor, especialmente considerando o caso de um usuário paraplégico que não poderia simplesmente empurrar o veículo com os pés para efetuar pequenas manobras. O chassi baixo, típico das scooters, acaba por viabilizar o rebaixamento do assento do condutor a um nível que facilite a transferência do condutor a partir de (ou para) uma cadeira de rodas, ainda que às custas de alguma capacidade de armazenamento de pequenos volumes, e uma pedaleira mais avançada promove o conforto e melhor suporte anatômico às pernas, enquanto o encosto do assento melhora o suporte lombar. A adaptação na Suzuki Burgman é feita pela empresa Sun Trike, de Diadema-SP.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Triciclo chinês Xingyue XY 150 ZK

Apareceu ontem no Bonfa, mais especificamente nas imediações da Hebraica, esse triciclo chinês Xingyue XY150ZK, e fazia parte do lote importado em 2008 pela indústria alimentícia Zaeli para ser sorteado no programa Domingo Legal, à época apresentado pelo Gugu Liberato.
O motor de 150cc e 9cv, possibilita alcançar uma velocidade máxima entre 65 e 80km/h, e o câmbio é automático do tipo CVT. O consumo médio de gasolina fica em torno de 30km/l, o que com o tanque de 8 litros dá uma autonomia aproximada de 240km.
O veículo tem dimensões bastante compactas, com comprimento de 2,20m e largura de apenas 98cm, além da distância entre-eixos de 1,65m, tornando muito fácil manobrar em espaços confinados. Cabe destacar, também, que o chassi bimodular permite uma inclinação nas curvas como numa motocicleta convencional.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Fotografias de alguns animais

Vanessa, minha cadela: mestiça de Fox Terrier com Pinscher de 1 ano e 8 meses. Dificilmente pára quieta, mas até faz poses quando quer ser fotografada...

Igor, o boxer da minha tia: sempre foi muito apegado a mim desde filhote, quando mais novo pulava como um cabrito e já chegou até a me derrubar no quintal algumas vezes, mas depois de velho anda menos arteiro.

O gato preto e branco fica sempre numa loja de ferragens perto da minha residência. O filhotão preto é um dos muitos gatos de rua que vivem no Parque Farroupilha (Redenção) em Porto Alegre.

Essa gatinha foi adotada aos 2 meses por uma prima minha. É um tanto assustadiça mas é muito manhosa.